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Aléxia Alves Cabral
Clinical implications of vegetarian and vegan diets in child development: a narrative review
Implicações nutricionais da alimentação vegetariana e vegana no desenvolvimento infantil: uma revisão narrativa
Aléxia Alves Cabral; Tainá Barros Ventura; Ariella Baeza Bonazzio; Vanessa Manso Torres; Beatriz Amaro Mourão; Diego Santana; Cecília Pereira Silva
Resid Pediatr. 2022;12(1):1-7 - Artigo de Revisao
- DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n1-332
OBJETIVOS: Analisar os riscos e benefícios de uma alimentação vegetariana e vegana no desenvolvimento infantil, apontando os possíveis déficits nutricionais e como resolvê-los.
MÉTODOS: Trata-se de uma revisão narrativa atual, por meio de um levantamento, nos bancos de dados MEDLINE®, PubMed® e SciELO, de artigos relacionados às dietas vegetariana e vegana em crianças e suas repercussões ao desenvolvimento. Foram usados os descritores “dieta vegetariana”, “dieta vegana” e “desenvolvimento infantil”.
RESULTADOS: O vegetarianismo e veganismo, apesar de seu potencial déficit de nutrientes envolvidos em funções biológicas vitais, dispõem de uma dieta baseada em alimentos vegetais que proporcionam benefícios clínicos, como menor incidência de doenças cardiovasculares, câncer e diabetes. Mulheres veganas que desejam engravidar devem ter uma dieta bem planejada e equilibrada. O aleitamento materno é a forma ideal e a primeira opção alimentar aos bebês vegetarianos/veganos; entretanto, na impossibilidade, há fórmulas a base de soja. As primeiras refeições, aos seis meses, devem ser ricas em proteína, ferro, zinco, sendo a vitamina B12 o nutriente mais preocupante, por sua participação no desenvolvimento neurológico da criança, devendo ser suplementado quando necessário.
CONCLUSÃO: O pediatra deve orientar a família, alertar os riscos e esclarecer que a dieta vegetariana/vegana bem planejada e de qualidade não altera o desenvolvimento infantil, mas demanda monitoramento periódico para avaliação e possíveis suplementações.
Spinal epidural abscess in adolescence: case report
Abscesso epidural espinhal na adolescência: relato de caso
Aléxia Alves Cabral; Cecília Pereira Silva; Amanda Freire de Almeida; Christian Candido Ferreira; Ricardo Kalil Laviola; Gabriel Kalil Laviola Oliveira e Silva
Resid Pediatr. 2023;13(2): - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n2-512
Considerada uma emergência infecciosa pouco frequente e capaz de causar déficits neurológicos severos, o abscesso epidural espinhal (AEE) é uma condição rara, principalmente na infância. A taxa de mortalidade em adultos varia entre 5 e 23%, mas, em crianças, a morbimortalidade apresenta-se menor. O presente relato objetiva contribuir ao âmbito científico com a discussão de um caso de AEE na pediatria. Trata-se de uma adolescente, 17 anos, apresentando febre, lombalgia e cisto sebáceo infectado em dorso há três dias. Informa história de drenagem há dois dias e cesariana com raquianestesia há um ano. Ressonância magnética (RM) da lombar mostrou coleção epidural posterior de L1-L4. Foi realizada a cirurgia de drenagem do abscesso epidural com laminectomia de L3-L4 e cultura positiva para Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), sensível à vancomicina e rifampicina. Alta após 21 dias de vancomicina endovenosa, com prescrição de rifampicina oral por três semanas. A infecção cutânea prévia é considerada um precedente clássico do AEE, sugerindo-se que o quadro da paciente foi precedido pela furunculose. O micro-organismo responsável por 86% dos casos de AEE na infância é o Staphylococcus aureus. A dorsalgia pós-anestesia raquimedular, febre, infecção cutânea e possível condição de imunossupressão indicaram investigação para AEE. A RM com contraste de gadolíneo corresponde à abordagem diagnóstica padrão-ouro para AEE. A suspeita da doença na pediatria é de extrema importância diante de um quadro de febre, dorsalgia e sensibilidade medular, devendo receber devida atenção e investigação diante de clínica indicativa.
Paracoccidioidomycosis infection in an immunocompetent adolescent: a neglected disease
Paracoccidioidomicose em um adolescente imunocompetente: uma doença negligenciada
Aléxia Alves Cabral; Cecília Pereira Silva; Maria Cristina Carvalho do Espírito Santo; Denise A. Castro; Tainá Barros Ventura; Rafael Pereira Silva; Naiany Campos Rego
Resid Pediatr. 2023;13(4):1-4 - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n4-682
A paracoccidioidomicose (PCM) aguda representa 5-10% dos casos totais de PCM, cuja incidência é estimada em um a quatro casos por 100 mil habitantes nas regiões endêmicas do Brasil. Foi relatado o caso de um adolescente de dez anos, residente de Barra Mansa (RJ), internado após idas recorrentes ao Pronto Atendimento por cerca de um mês, apresentando diarreia não sanguinolenta, emagrecimento de 6kg em seis semanas, tosse seca e febre noturna de, em média, 38ºC. História prévia de contato com ambiente habitado por morcegos. Contraimunoeletroforese reagente e biópsia compatível com Paracoccidioides brasiliensis. Tratado com anfotericina B via endovenosa, 0,6 miligramas por quilo por dia, por dez dias, e itraconazol via oral, 200 miligramas por dia, por 12 meses. Cinco anos após, encontra-se assintomático. Relatos como esse na literatura são escassos e, quando encontrados, abordam crianças imunodeprimidas. Nota-se que a incidência e prevalência da PCM ainda encontram obstáculos, devido à ausência de notificação compulsória, caracterizando-as como uma doença subdiagnosticada e negligenciada.