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Adriana Cartafina Perez-Bóscollo
Intestinal malrotation: a diagnosis to consider in acute abdomen in newborns
Má-rotação intestinal: um diagnóstico a ser considerado no abdome agudo em recém-nascidos
Antônio Augusto de Andrade Cunha Filho; Paula Aragão Coimbra; Adriana Cartafina Perez-Bóscollo; Robson Azevedo Dutra; Katariny Parreira de Oliveira Alves
Resid Pediatr. 2018;8(3):141-146 - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2018.v8n3-08
A má-rotação intestinal é uma anomalia do intestino médio decorrente de um defeito embriológico em suas fases de herniação, rotação e fixação. Objetiva-se relatar um caso de diagnóstico e abordagem complexos. O diagnóstico se deu por meio de abordagem cirúrgica de paciente com instabilidade hemodinâmica e distensão abdominal, e sinais de obstrução intestinal e pneumoperitônio em radiografia abdominal, com suspeita de enterocolite necrosante grau III. O intraoperatório revelou volvo de intestino médio por má-rotação intestinal a 12 cm da válvula ileocecal. Houve recidiva de instabilidade hemodinâmica e distensão abdominal e nova laparotomia foi necessária para corrigir novas perfurações intestinais. Salienta-se a importância do diagnóstico precoce com correção cirúrgica antes da ocorrência do volvo. A ultrassonografia abdominal com Doppler tem demonstrado ser promissora para o diagnóstico precoce.
Diaphragmatic eventration in infant: a radiological finding
Eventração diafragmática em lactente: um achado radiológico
Larissa Cerqueira Pereira Paes; Maina Tavares Zanoni; Juliana Cristina Castanheira Guarato; Adriana Cartafina Perez-Bóscollo
Resid Pediatr. 2022;12(1):1-3 - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n1-249
OBJETIVOS: Relatar o caso de um lactente com eventração diafragmática (ED) diagnosticada durante a investigação de infecção respiratória aguda. No paciente assintomático, a conduta é conservadora.
MÉTODOS: Revisão de prontuário eletrônico institucional.
RESULTADOS: Paciente de 1 ano e 6 meses atendido em pronto socorro com história de febre há três dias. Na investigação foi realizada triagem infecciosa, incluindo radiografia de tórax, a qual evidenciou elevação da cúpula diafragmática esquerda Figura 1. Histórico prévio de um episódio de bronquiolite sem indicação de radiografia. Não apresenta queixas respiratórias recorrentes ou alterações na ausculta pulmonar. Após alteração do exame radiológico, foi solicitada tomografia de tórax para melhor elucidação e acompanhamento do caso.
CONCLUSÃO: A eventração pode associar-se a outras malformações e apresenta clínica ampla e variável desde pacientes assintomáticos, com infecções respiratórias de repetição, até com hipoplasia pulmonar. Como a maioria dos casos é assintomática, a conduta é geralmente conservadora. Se necessária intervenção cirúrgica, essa visa o aumento volumétrico dos pulmões e a reversão de atelectasias.
Anal extrusion of the ventriculoperitoneal derivation catheter: case report
Extrusão anal de cateter de derivação ventriculoperitoneal: relato de caso
Larissa Cerqueira Pereira Paes; Maria Clara Catani Porto; Fernando Henrique dos Reis Sousa; Fabiana Jorge Galdino Barsam; Adriana Cartafina Perez-Bóscollo
Resid Pediatr. 2022;12(1):1-4 - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n1-270
OBJETIVO: Relatar o caso de extrusão de cateter de derivação ventriculoperitoneal (DVP) em pré-escolar e demonstrar a raridade desse acontecimento.
MÉTODO: Revisão de prontuário eletrônico institucional.
RESULTADO: Paciente de 3 anos e 7 meses que foi submetida à DVP ao nascimento devido à hidrocefalia, foi admitida em serviço de saúde com extrusão assintomática do cateter pelo ânus. Durante avaliação, apresentava palpação dolorosa do abdome, porém sem sinais de peritonite, sendo iniciado antibioticoterapia e posteriormente realizada abordagem cirúrgica em conjunto (cirurgia pediátrica e neurocirurgia) para retirada da DVP. Paciente apresentou boa evolução com o tratamento proposto.
CONCLUSÃO: O tratamento mais utilizado em hidrocefalia é DVP do líquido cefalorraquidiano. Apesar de eficaz, seu uso apresenta complicações como má inserção, obstrução, infecção ou migração do cateter terminal. Casos com perfuração do intestino e extrusão anal da derivação distal são complicações raras e incomuns. A avaliação e retirada da derivação devem ser realizadas com rapidez para evitar meningites e ventriculites por patógenos do trato gastrointestinal.
Mediastinal mass in an infant - case report
Massa mediastinal em lactente - relato de caso
Thiago Rezende Silveira; Daniel Pinheiro Ferreira; Elina Tosta Oliveira; Danielle Paula de Oliveira Gonçalves; Eliene Machado de Freitas Félix; Adriana Cartafina Perez Bóscollo
Resid Pediatr. 2024;14(4): - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n4-1170
INTRODUÇÃO: O teratoma mediastinal é uma neoplasia originada de células germinativas e compreendem cerca de 8%-16% dos tumores nessa região. São incomuns em crianças e igualmente incidentes entre os sexos. Comumente, o diagnóstico é realizado após o nascimento devido ao surgimento de sintomas respiratórios, sendo quase sempre incidental. Apresenta ótimo prognóstico quando completamente ressecados e por isso é vital a suspeição e diagnóstico precoces através de exames de imagem.
OBJETIVO: Evidenciar a ocorrência de tumores mediastinais em crianças com história de pneumonia recorrentes que cursam de forma atípica e ressaltar a importância de ter os tumores mediastinais como diagnóstico diferencial para que a investigação seja realizada adequadamente.
RELATO DE CASO: Lactente, 7 meses de vida, apresentou-se ao pronto-socorro de um hospital universitário no interior de Minas Gerais com quadro de taquidispneia, insuficiência respiratória e rejeição do seio materno. Paciente com múltiplos diagnósticos de pneumonia anteriores sem resposta à antibioticoterapia. Durante a investigação, foram realizados exames de imagem que evidenciaram massa mediastinal em compartimento anterior com componente gorduroso e áreas de calcificação. Foi realizada uma toracotomia esquerda no 5° espaço intercostal, com ressecção completa da teratoma. O paciente evolui com melhora completa do quadro, sendo acompanhado até os 13 anos de idade sem recorrências.
CONCLUSÃO: Tumores mediastinais são raros e aumentam a morbimortalidade infantil. A suspeita e aplicação de métodos de diagnósticos adequados e os procedimentos cirúrgicos são essenciais para o tratamento e redução de danos a esses pacientes, que muitas vezes são submetidos a tratamentos desnecessários antes do diagnóstico.