ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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5 resultado(s) para: Renata Machado Pinto

Fatores determinantes de evolução grave e crítica da COVID-19 em crianças: revisão sistemática e metanálise

Determinant factors of serious and critical evolution of COVID-19 in children: systematic review and metanalysis

Fatores determinantes de evolução grave e crítica da COVID-19 em crianças: revisão sistemática e metanálise

Vinícius da Silva Oliveira; Lara Gonzaga Oliveira; Gabriela Santos Bastos; Lara Araújo Dias; Renata Machado Pinto; Cristiane Simões Bento de Souza

Resid Pediatr. 2020;10(2):1-8 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n2-405

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OBJETIVOS: Realizar revisão sistemática de fatores associados à evolução da infecção pelo SARS-CoV-2 para casos graves e críticos e hospitalização em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) na população pediátrica. MÉTODOS: Pesquisa de artigos publicados em português, espanhol e inglês nas bases de dados SCOPUS em 2019/2020 e no Portal Regional da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) em 2020 até quatro e seis de julho de 2020, respectivamente. Utilizou-se os termos “COVID-19” and (“child” or “infant” or “newborns” or “preschool”). Para avaliar a qualidade dos estudos utilizou-se a escala de New Castle-Otawa e na análise estatística, o cálculo da Odds Ratio para os artigos e do valor médio pelos métodos de Mantel-Haenszel e de DerSimonian e Laird. RESULTADOS: Dos 1.141 artigos iniciais, 13 foram selecionados para revisão sistemática e três para metanálise. O sexo masculino foi predominante. Prematuridade, doenças congênitas, comorbidades e predisposição genética foram descritas na evolução para quadros graves/críticos e internação em UTI e a idade inferior a um ano considerada fator de risco significante (OR=4,324 e IC=2,160; 8,656). CONCLUSÃO: A evolução da COVID-19 para casos graves/críticos e a necessidade de internação em UTI é pouco frequente em crianças e em geral está associada à prematuridade, comorbidades, idade inferior a um ano e condições presentes ao nascimento.

Mudança no perfil epidemiológico da síndrome respiratória aguda grave na população pediátrica brasileira: indício de subnotificação da COVID-19

Change in the epidemiological profile of severe acute respiratory syndrome in the Brazilian pediatric population: indication of COVID-19 subnotification

Mudança no perfil epidemiológico da síndrome respiratória aguda grave na população pediátrica brasileira: indício de subnotificação da COVID-19

Renata Machado Pinto; Isadora Espíndola Leite Borges; Jonas Borges Santos Amorim

Resid Pediatr. 2020;10(3):1-6 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n3-407

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INTRODUÇÃO: O impacto da COVID-19 na população pediátrica brasileira pode estar subestimado pela subnotificação. O presente estudo objetiva comparar a incidência de hospitalizações e óbitos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e etiologias na faixa pediátrica até a semana 25, em 2019 e 2020. MÉTODOS: Estudo epidemiológico realizado por consulta ao InfoGripe. Foram consultados dados referentes às semanas epidemiológicas 1 a 25, dos anos de 2019 e 2020. Os dados foram analisados por meio do programa SPSS 26.0. RESULTADOS: Comparando os anos de 2019 e 2020, observa-se redução da taxa de incidência (por 100.000) de hospitalizações por SRAG na faixa etária de 0-4 anos de 4,023 para 2,980 (p = 0,05), e aumento nas outras faixas etárias, nos escolares a incidência passou de 0,353 para 0,618 (p = 0,009) e entre os adolescentes de 0,115 para 0,393 (p = 0,002). Houve aumento dos óbitos de 0,013 para 0,017 (p = 0,05) entre 5-9 anos, e de 0,009 para 0,029 (p = 0,001) entre 10 e 19 anos. Em relação à SRAG por “etiologia desconhecida”, a incidência de hospitalizações aumentou 0,294 para 1,454 (p = 0,007) e os óbitos de 0,03 para 0,28 (p = 0,004). CONCLUSÃO: A incidência de hospitalizações e óbitos por SRAG em 2020 nas faixas etárias entre 5-9 e 10-19 anos foi superior à de 2019. O aumento de 3,4 vezes no número de casos e de 9,3 vezes nos óbitos por SARG sem etiologia definida em 2020 pode sugerir importante subnotificação da COVID-19 no Brasil. Faz-se necessário que novos estudos avaliem a extensão e impacto do SARS-CoV-2 na população pediátrica.

Avaliação cienciométrica das publicações científicas sobre COVID-19 em crianças

Scientometric review of the scientific publications about COVID-19 in children

Avaliação cienciométrica das publicações científicas sobre COVID-19 em crianças

Daniel Borges Barbosa; Anne Caroline Lucas Brandelero; Vinícius da Silva Oliveira; Lucas Rodrigues dos Santos; Alexandre Martins Araújo; Emilly Santos Oliveira; Cristiane Simões Bento de-Souza; Renata Machado Pinto

Resid Pediatr. 2020;10(3):1-5 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n3-408

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OBJETIVO: Realizar um levantamento cienciométrico da literatura mundial que trata da infecção pelo vírus SARS-CoV2 na população pediátrica. MÉTODOS: Utilizou-se o banco de dados Elseviers Scopus para pesquisa dos descritores Covid* AND child*, no período de 01/01 a 25/06/2020. Os documentos foram classificados segundo área de estudo, tipo de pesquisa, financiamento, país de origem, periódico e afiliação institucional dos pesquisadores. RESULTADOS: Foram publicados 826 documentos, destes 34,5% receberam algum tipo de fomento. Observa-se predominância de publicações advindas de países que se tornaram epicentro da pandemia de SARS-CoV2, destacando-se China, Estados Unidos, Itália e Reino Unido. O Brasil, aparece em 10º lugar no ranking mundial com 26 publicações, 26,9% destas com financiamento. O predomínio de publicações se concentra na área médica tanto no Brasil como no mundo. CONCLUSÕES: A grande quantidade de pesquisas publicadas sobre COVID-19 em crianças no curto espaço de tempo compreendido entre a emergência da pandemia e o momento atual demonstra a rapidez na geração de conhecimento e a importância do tema para a saúde pública. A análise das informações referentes ao Brasil revelam que, apesar de ser o segundo com maior número de casos e óbitos, o país representa apenas 3,14% das pesquisas sobre COVID-19 em crianças, e assume uma posição de liderança da publicação científica sobre o tema na América Latina.

As crianças apresentam sinais e sintomas que compõem um quadro pós-COVID-19?

Do children present signs and symptoms consistent with a post-COVID-19 syndrome?

As crianças apresentam sinais e sintomas que compõem um quadro pós-COVID-19?

Giovanna Guilherme Barcelos; Renata Machado Pinto; Paula de Oliveira Caetano Queiroz; Adriel Felipe de Rezende; Jordanna Ferreira Lousek; Mariana Braga Teixeira

Resid Pediatr. 2022;12(3):1-7 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n3-888

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OBJETIVOS: Realizar uma revisão sistemática acerca das manifestações clínicas da COVID longa em crianças. MÉTODOS: Partiu-se do questionamento: “Quais as manifestações clínicas em crianças com síndrome da COVID longa?”. Incluiu-se artigos acerca do quadro clínico da COVID longa na população pediátrica, sendo estudos de coorte, caso-controle, estudos transversais e relatos de caso publicados em 2020 e 2021 nas bases de dados SCOPUS, Embase, NCBI e MedRxiv. A seleção e análise dos artigos foi realizada por quatro pesquisadores de forma independente, seguindo as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviewers and Meta-analysis. RESULTADOS: Dos 6.279 artigos encontrados nas bases de dados, 8 foram incluídos nesta pesquisa. A amostragem nas publicações selecionadas variou de 1 a 2.500 participantes, e incluiu uma população cuja faixa etária variou de 3 meses a 18 anos. Os sintomas mais relatados na COVID longa foram: fadiga, sintomas do trato respiratório alto e baixo, distúrbios do sono e sintomas neurológicos. O maior tempo de duração dos sintomas observados foi de oito meses, com mínima de quatro semanas. Ainda, alguns artigos relataram a síndrome multissistêmica inflamatória pediátrica (SIM-P) na COVID longa. CONCLUSÃO: A COVID longa atinge em média 15,5% das crianças após a infecção, com duração de 4 a 32 semanas. Os principais sintomas foram fadiga e dispneia, seguidos por sintomas osteomusculares, respiratórios, neurológicos e distúrbios do sono. Ademais, não foi possível o esclarecimento de fatores de risco e desfecho desses casos nesse estudo.

Os efeitos da dieta FODMAP em crianças e adolescentes com a síndrome do intestino irritável - revisão sistemática

Effects of the fodmap diet in children and adolescents with irritable bowel syndrome - systematic review

Os efeitos da dieta FODMAP em crianças e adolescentes com a síndrome do intestino irritável - revisão sistemática

Weldes Francisco da Silva Junior; Lara Gonzaga Oliveira; Maria Vitória da Silva Paula Cirilo; Driele Cunha de Paiva Almeida; Ana Clara da Cunha e Cruz Cordeiro; Lara Cristina Ferreira; Renata Machado Pinto

Resid Pediatr. 2023;13(1): - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n1-912

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INTRODUÇÃO: A alimentação é fator desencadeante de sintomas da síndrome do intestino irritável (SII). Uma opção de manejo terapêutico que tem surtido efeitos benéficos é a dieta pobre em FODMAP (sigla para oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis). OBJETIVO: Analisar a eficácia e os efeitos da dieta pobre em FODMAP em pacientes pediátricos com SII. MÉTODOS: Revisão sistemática utilizando dados do PubMed, SciELO e BVS através dos descritores “(Irritable bowel syndrome) AND (FODMAP)”, filtro etário de 0 a 18 anos, em inglês, português e espanhol, com filtro temporal de 10 anos. Foram excluídos artigos duplicados, não concordantes com o tema e trabalho não científico. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram encontrados 445 artigos, mas somente 3 foram selecionados dentre os critérios de elegibilidade. Os estudos analisados fazem comparações entre grupo teste e grupo placebo, ou comparam crianças em dieta infantil americana típica com a reduzida em FODMAP. Evidencia-se que a dieta pobre em FODMAP reduz os sintomas da SII, porém apresenta fatores que dificultam sua exequibilidade, como dificuldade de ser ensinada e compreendida, custo elevado, impacto na microbiota intestinal, presença de efeitos colaterais como obstipação, além do impacto psicológico dessas restrições para essa faixa etária. CONCLUSÃO: A dieta pobre em FODMAP é uma terapêutica que alivia as condições clínicas manifestadas nas SII, porém sua aplicabilidade é limitada. Mais  estudos clínicos e experimentais são necessários a fim de se estabelecer se os benefícios da inserção dessa dieta restritiva são maiores que os possíveis malefícios.