ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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8 resultado(s) para: Charles Marques Lourenco

Relato de caso: paciente nascida no Brasil portadora de intolerância à proteína lisinúrica

Case report: patient born in Brazil carrier of intolerance to lisinuric protein

Relato de caso: paciente nascida no Brasil portadora de intolerância à proteína lisinúrica

João Vitor Perez; Debora Salim Freitas; João Antonio Madalosso Junior; Charles Marques Lourenco

Resid Pediatr. 2021;11(1):1-4 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n1-143

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Alterações enzimáticas de origem genética promovem erros inatos do metabolismo, levando, assim, a manifestações metabólicas em que há falha de síntese, degradação, armazenamento ou transporte de moléculas no organismo. A intolerância à proteína lisinúrica (IPL) é uma doença metabólica heredi-tária autossômica recessiva rara que promove uma desordem multissistêmica na absorção de amino-ácidos cursando com alteração secundária do ciclo da ureia. Apresenta-se com variedade de sintomas que se manifestam usualmente após o desmame, sendo os mais comuns náuseas e vômitos agudos após rica ingestão proteica, aversão a alimentos ricos em proteínas, diarreia, dificuldade de ganho de peso, atraso de crescimento e desenvolvimento, alterações hematológicas e imunológicas e, em casos mais graves, podendo levar ao coma por hiperamonemia. Embora seja pan-étnica, ocorre em maior prevalência na Finlândia, devido à presença de mutação fundadora, acometendo 1/60.000 nascidos vivos naquele país.

Protoporfiria eritropoética: apresentação clínica em criança com diagnóstico prévio de lúpus eritematoso cutâneo

Erythropoeitic protoporphyria: clinical presentation in a child misdiagnosed as cutaneous lupus erythematosus

Protoporfiria eritropoética: apresentação clínica em criança com diagnóstico prévio de lúpus eritematoso cutâneo

Charles Marques Lourenco; Rafael Bogas; Ricardo Calvo; Ygor Brasil; Zumira A. Carneiro

Resid Pediatr. 2021;11(2):1-4 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n2-149

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A protoporfiria eritropoiética é um erro metabólico na biossíntese do grupo heme. A deficiência da enzima ferroquelatase (FEHC) culmina no acúmulo excessivo de protoporfirina livre nas células eritróides, plasma, pele e fígado. O excesso desse metabólito gera sintomas como dor na pele, ardor, prurido durante a exposição solar, que surgem desde a infância. Esse artigo relata o caso de um paciente de 4 anos e 6 meses que após exposição solar prolongada abriu quadro de fotossensibilidade típico da protoporfiria eritropoiética. O eritema malar fez com que a diagnostico de lúpus eritematoso cutâneo fosse levantado antes do diagnóstico correto de EPP. O diagnóstico de EPP é feito pela dosagem do protoporfiria sérica e corroborado pelo teste genético que mostra defeito no gene que transcreve a enzima FEHC. O tratamento se baseia em medidas de fotoproteção, recentemente medicações como alfamelanotide e hematina se mostraram efetivas para o controle da doença. Com objetivo de elucidar a diferença entre o diagnóstico de lúpus e EPP este artigo traz a diferença clínica entre essas patologias, além do diagnóstico laboratorial.

Síndrome de Sanfilippo: o desafio do diagnóstico precoce para o pediatra - relato de caso

Sanfilippo syndrome: The challenges of early diagnosis for pediatricians - Case report

Síndrome de Sanfilippo: o desafio do diagnóstico precoce para o pediatra - relato de caso

Giulianna Baldini; João Pedro Santanna; José Fernando L. Santos; Zumira Aparecida Carneiro; Charles Marques Lourenco

Resid Pediatr. 2021;11(3):1-4 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n3-209

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A mucopolissacaridose tipo III, conhecida também como síndrome de Sanfilippo, é um distúrbio autossômico recessivo, decorrente da deficiência em uma das quatro enzimas envolvidas na degradação lisossômica de um tipo de glicosamaminoglicano conhecido como heparan sulfato. Existem quatro subtipos de MPS III, que são tipo A, B, C e D. Relatamos o caso de uma paciente com atraso de linguagem, além de sintomas comportamentais (agitação e hiperatividade) e incoordenação motora fina. Encaminhada para avaliação em centro de referência para investigação de doenças raras, fez-se suspeita de síndrome de Sanfilippo, embora a triagem urinária inicial para mucopolissacaridoses não tenha evidenciado anormalidades. Dada a forte suspeita clínica, porém, prosseguiu-se com os estudos enzimáticos para MPS III, confirmando-se o diagnóstico de Sanfilippo tipo B. O diagnóstico correto possibilitou o manejo adequado da paciente e o aconselhamento genético dos genitores. Os autores pretendem reforçar aos médicos a importância de investigar essa síndrome em casos de crianças que apresentam alteração de neurodesenvolvimento, acompanhada de distúrbios comportamentais e estagnação/regressão da linguagem

Síndrome de Hurley: jornada diagnóstica em uma doença rara - relato de caso

Hurler syndrome: diagnostic journey in a orphan disease - case report

Síndrome de Hurley: jornada diagnóstica em uma doença rara - relato de caso

Charles Marques Lourenco; Lucas Luis Varussa Claro; Danae von-Holleben; Zumira Aparecida Carneiro

Resid Pediatr. 2021;11(3):1-5 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n3-200

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OBJETIVOS: Promover a precoce detecção da doença através de achados clínicos pertinentes a pacientes acometidos com mucopolissacaridose tipo I. RELATO DE CASO: Paciente com MPS I com sinais clínicos típicos da doença desde muito cedo, foi diagnosticada somente com 22 meses de idade e iniciará a terapia de reposição enzimática. DISCUSSÃO: A doença, quanto mais precoce for detectada, melhor e mais eficaz se torna o tratamento, podendo ser terapia de reposição enzimática, ou, em último caso, transplante de células-tronco hematopoiéticas.

Alcaptonúria: odisseia diagnóstica revelando uma rara doença metabólica hereditária

Alkaptonuria: diagnostic odyssey unraveling a rare metabolic disease

Alcaptonúria: odisseia diagnóstica revelando uma rara doença metabólica hereditária

Daniely Passos Camara; Isabela Cristina Silva Lima; Julia Marques Verissimo da Silva; Tharcila Borges Castro da Rocha; Fabiana Schneider; Jacqueline Harouche Rodrigues Fonseca; Zumira Aparecida Carneiro; Charles Marques Lourenco

Resid Pediatr. 2022;12(1):1-5 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n1-274

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INTRODUÇÃO: A alcaptonúria é uma doença autossômica recessiva rara, decorrente da deficiência da enzima ácido homogentísico-oxidase, produzida pelo fígado e rins, envolvida no metabolismo dos aminoácidos fenilalanina e tirosina. Na ausência desta enzima, ocorre o acúmulo de pigmento ocronótico. As manifestações clínicas mais importantes da ocronose são artropatia, pigmentação ocular e cutânea, urina escura e acometimento cardiovascular. A nitisinona (NTBC) é uma benzoilciclohexano-1,3-diona que inibe reversivelmente a atividade da etapa enzimática imediatamente antes da dioxigenase homogentisada, reduzindo, assim, a produção de ácido homogentísico (HGA). Dessa forma, considera-se que a nitisinona pode ser um tratamento potencial para a alcaptonúria. Relatamos primeiro paciente brasileiro tratado com NTBC após diagnóstico inicial errôneo de porfiria congênita. RELATO DE CASO: Paciente, sexo masculino, encaminhado por escurecimento da urina por volta dos dois anos de idade, obteve, após investigação inicial para porfiria, diagnóstico de alcaptonúria aos 3 anos de idade. Aos 8 anos, começou o tratamento com NTBC, observando-se diminuição expressiva do ácido homogentísico e da coloração da urina, ocorrendo, porém, aumento da tirosina e sintomas de dor ocular que foram manejados com diminuição da dose do medicamento. DISCUSSÃO: Embora considerada uma doença tipicamente de adultos, os sintomas da alcaptonúria iniciam-se na infância e possuem um curso progressivo e devastador. O diagnóstico precoce dessa enfermidade permite a realização de medidas terapêuticas, como o uso do NTBC, prevenindo a progressão das manifestações da doença e o surgimento de sequelas irreversíveis.

Síndrome de Morquio A: diagnóstico diferencial na baixa estatura desproporcionada na infância

Morquio A syndrome: differential diagnosis of disproportionate short stature

Síndrome de Morquio A: diagnóstico diferencial na baixa estatura desproporcionada na infância

Juliana Maria Diniz Ferreira; Kaio Augusto Magalhães-Silva; Kimbali Andrea Ventureli; Leticia Soares Goulart; Mariana Teixeira Rodrigues; Zumira Aparecida Carneiro; Rosalvo Streit-Júnior; Charles Marques Lourenco

Resid Pediatr. 2022;12(1):1-6 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n1-275

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Baixa estatura é definida como condição na qual a altura dos indivíduos encontra-se abaixo do percentil três ou dois desvios-padrão abaixo da média esperada para crianças com a mesma idade e sexo. As displasias ósseas constituem um grupo importante no diagnóstico diferencial em crianças com baixa estatura e, entre elas, pode-se destacar a síndrome de Morquio A, uma doença genético-metabólica, caracterizada por uma deficiência enzimática e acúmulo lisossomal com impacto direto no desenvolvimento ósseo e cartilaginoso. Frequentemente, essa patologia passa despercebida pelo endocrinologista ou pelo pediatra ao avaliarem crianças com baixa estatura, pois, muitas vezes, os principais sinais e sintomas ainda não estão evidentes. A síndrome de Morquio A não é passível de cura, portanto, o diagnóstico e tratamento precoces possibilitam evitar a progressão da doença e oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes. Os tratamentos disponíveis, no momento, são o transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) e a terapia de reposição enzimática (TRE). Além disso, devido às diversas comorbidades incapacitantes que podem surgir com a evolução, é imprescindível uma abordagem multidisciplinar. O conhecimento de causas genéticas de baixa estatura por alteração no desenvolvimento ósseo é fundamental para a suspeita clínica desse grupo de doenças. Este artigo visa relatar o caso de três irmãos portadores da síndrome, cujo diagnóstico de dois destes pacientes demorou mais de duas décadas para ser estabelecido.

Mucopolissacaridose tipo VI (síndrome de Maroteaux-Lamy): 15 anos de seguimento clínico após terapia de reposição enzimática

Mucopolysaccharidosis type VI (Maroteaux-Lamy syndrome): 15 years follow-up after enzyme replacement therapy

Mucopolissacaridose tipo VI (síndrome de Maroteaux-Lamy): 15 anos de seguimento clínico após terapia de reposição enzimática

River Guilherme Ribeiro; Isadora de Lima Xavier Andrade; Zumira Aparecida Carneiro; Rosalvo Streit Júnior; Charles Marques Lourenco

Resid Pediatr. 2022;12(1):1-7 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n1-273

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A mucopolissacaridose tipo VI, conhecida como síndrome de Maroteaux-Lamy, é uma doença genética autossômica recessiva caracterizada pela deficiência da enzima arilsulfatase B, levando ao acúmulo de glicosaminoglicanos nos lisossomos das células do indivíduo acometido. Este acúmulo pode levar a diversas manifestações clínicas (atraso do crescimento, dismorfismos faciais, alterações motoras, deficiências audiovisuais, deformidades osteoarticulares e problemas cardiorrespiratórios) que diminuem a qualidade de vida do indivíduo. A progressão dessas condições pode levar o paciente a óbito. As únicas possibilidades terapêuticas para a síndrome de Maroteaux-Lamy eram os cuidados da equipe multiprofissional e o transplante de medula óssea que tem alta taxa de morbimortalidade. Recentemente estudos clínicos demonstraram a segurança e o impacto positivo na terapia de reposição enzimática (TRE) com rhASB (galsulfase, Naglazyme®), principalmente quando iniciado precocemente, estabilizando o acometimento de vários sistemas afetados pela doença. Este trabalho tem como objetivo relatar o histórico clínico de paciente com síndrome de Maroteaux-Lamy em tratamento com enzima recombinante, traçando um paralelo com o irmão também afetado por essa enfermidade, mas que faleceu antes de ter acesso à TRE, destacando o impacto da terapia específica no manejo de uma doença genética multissistêmica e os desafios do seguimento clínico.

Deficiência de Lipase Ácida Lisossômica (LAL): análise enzimática em papel-filtro como ferramenta diagnóstica em paciente com diagnóstico prévio de doença de Niemann-Pick tipo C

Lysosomal Acid Lipase ( LAL) Deficiency: Enzyme Assay on Dried Blood Spot as Diagnostic Tool in a Patient Misdiagnosed as Niemann-Pick type C Disease

Deficiência de Lipase Ácida Lisossômica (LAL): análise enzimática em papel-filtro como ferramenta diagnóstica em paciente com diagnóstico prévio de doença de Niemann-Pick tipo C

Marcella Borges; Luissa Hikari Hayashi Araujo; Bruno Lima; Laura Vagnini; Alberto Salles; Guerino Pelicer Neto-Magalhães; João Paulo Cristofolo; João Paulo Freitas; Pedro Ivo Aranas; Jacqueline Harouche Rodrigues Fonseca; Fernanda Seabra Souza Timm; Charles Marques Lourenço

Resid Pediatr. 2023;13(3): - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n3-631

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INTRODUÇÃO: A deficiência de lipase acida lisossômica (LAL-D) é uma doença de armazenamento lisossômico envolvida no metabolismo do éster de colesterol. É uma causa genética pouco conhecida de cirrose, dislipidemia e doença aterosclerótica prematura em crianças e adultos. Como as manifestações da LAL-D podem assemelhar-se àquelas observadas em outras doenças mais comuns, o atraso no diagnóstico não é incomum. A doença de Wolman é um fenótipo LAL-D de início precoce que geralmente é fatal no primeiro ano de vida, porém a forma mais comum da doença pode ocorrer em todas as idades. Recentemente, a terapia de reposição enzimática (ERT) para LAL-D tornou-se disponível. RELATO DE CASO: Paciente, 12 anos, sexo masculino, foi encaminhado para investigação de hepatomegalia. Inicialmente diagnosticado como portador de doença de Niemann-Pick tipo C (NPC), não apresentava mutações confirmatórias dessa doença. Posteriormente, com dosagem enzimática da lipase ácida lisossomal em papel-filtro foi redirecionado o diagnóstico para LAL-D (com confirmação em dosagem enzimática em leucócitos e fibroblastos). DISCUSSÃO: Apesar de LAL-D ser considerada uma rara e incomum causa de doença hepática, estudos recentes apontam para uma prevalência maior dessa doença. Diagnóstico precoce é fundamental, visto já ser disponível tratamento específico para essa doença. Cerca de metade dos pacientes com LAL-D falecem antes dos 21 anos de idade na ausência de tratamento adequado.