ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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5 resultado(s) para: Danilo Blank

Uso de antitérmicos: quando, como e por quê*

Use of antipyretics: when, how and why

Uso de antitérmicos: quando, como e por quê*

Danilo Blank

Resid Pediatr. 2011;1(2):31-36 - Ponto de Vista - DOI: 10.25060/residpediatr-2011.v1n2-07

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Objetivo: Atualização de conhecimentos sobre tratamento da febre em pediatria. Fontes dos dados: Revisão não-sistemática de MEDLINE, SciELO e Google Scholar, com os termos fever, feverphobia, antipyretic e de listas de referências dos artigos encontrados, capítulos de livro e artigos clássicos. Síntese dos dados e conclusões: Febre é a elevação da temperatura corpórea acima da variação diária normal; uma resposta fisiológica complexa à doença, caracterizada por uma elevação regulada da temperatura central do corpo e ativação de sistemas imunológicos; tem baixa probabilidade de causar danos e pode ser benéfica. Há evidências de que a supressão medicamentosa da febre, vista como resposta adaptativa evoluída a infecções, provavelmente aumentaria sua morbidade. Os pais precisam ser bem orientados sobre os objetivos principais em caso de febre: reconhecer sinais de doenças potencialmente graves, melhorar o conforto da criança e manter um estado adequado de hidratação. Não há estudos em humanos que tenham demonstrado de modo convincente que o uso de antipiréticos em infecções comuns virais ou bacterianas traga riscos clinicamente relevantes. Drogas antipiréticas não previnem convulsões febris, devem ser reservadas para crianças com desconforto físico, com temperatura acima de 38,2°C, e devem sempre ser usadas em regime de monoterapia, não superpondo ou intercalando drogas diferentes. As maiores críticas aos regimes de drogas combinadas apontam as diferenças clinicamente desprezíveis e o risco nefrotoxicidade e de erros de dosagem por confusão dos cuidadores.

Prevenção de acidentes: um componente essencial da consulta pediátrica

Accident prevention: an essential component of the pediatric visit

Prevención de accidentes: un componente esencial de la consulta pediátrica

Renata Dejtiar Waksman, Danilo Blank

Resid Pediatr. 2014;4(3 Supl.1):S36-S44 - Artigo de Revisao

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OBJETIVO: Atualização da literatura sobre o papel do pediatra na prevenção de acidentes. Fontes dos dados: Revisão quase-sistemática dos bancos MEDLINE, SciELO e Google Acadêmico, com combinações das palavras injúria, acidente, violência, prevenção, orientação; revisão não-sistemática de capítulos de livros e artigos clássicos. SÍNTESE DOS DADOS: O pediatra tem responsabilidade de proteger crianças de danos à saúde, dentre cujas causas preponderam as injúrias ou traumas por mecanismos externos. Há embasamento científico para que a orientação para a segurança seja um componente essencial da puericultura. A promoção da segurança pressupõe a mesma concepção semiológica da consulta pediátrica. Medidas efetivas de prevenção podem ser definidas a partir da análise de fatores de risco socioambientais; os principais são entornos inseguros, pobreza, baixo nível de educação, desemprego, habitações precárias, famílias numerosas, álcool e drogas, estresse, idade, sexo. Ações preventivas bem sucedidas combinam estratégias passivas e ativas, nos campos da legislação, modificação de produtos, economia, educação, modificação ambiental e atendimento de emergência. A orientação preventiva no âmbito do ambulatório é efetiva e é potencializada pelo fornecimento de material impresso e indicação de material na internet. O Relatório Mundial para a Prevenção de Injúrias em Crianças formulou as medidas de ação mais efetivas na prevenção de injúrias no trânsito, afogamento, queimaduras, quedas e intoxicações. O papel do pediatra é identificar crianças mais vulneráveis, fornecer orientação antecipatória de segurança, indicar aos pais fontes de orientação, auxiliar na coleta de dados estatísticos, atuar como consultor na elaboração de políticas públicas de segurança, colaborar em ações promotoras de segurança e promover a conscientização de seus colegas sobre promoção da segurança. CONCLUSÕES: A prevenção de acidentes é um componente essencial da consulta pediátrica, mas a educação é insuficiente; o pediatra tem que se engajar em ações interdisciplinares e próprias da comunidade.

A importância das injúrias por acidentes domésticos em tempos de COVID-19

The importance of injuries caused by domestic accidents in times of covid-19

A importância das injúrias por acidentes domésticos em tempos de COVID-19

Danilo Blank; Renata Dejtiar Waksman

Resid Pediatr. 2020;10(2):1-6 - Ponto de Vista - DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n2-400

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Os acidentes domésticos e as injúrias deles decorrentes têm aumentado em número e gravidade durante a quarentena, com uma percepção de especialistas de que representam uma ameaça maior à saúde e bem-estar das crianças do que a própria COVID-19. Os princípios gerais e dicas específicas para que os pediatras orientem os pais para reduzir a probabilidade e ocorrência de traumas estão na Tabela 1. Todo pediatra tem que estar atento às publicações que tratam do aumento de eventos traumáticos não intencionais durante o período de distanciamento social. Em vários países está ocorrendo que crianças que precisam de atendimento por situações graves não estão sendo levadas aos serviços de emergência ou com muito atraso em relação à ocorrência do trauma. Todo pediatra, além da orientação sobre as medidas de proteção aos traumatismos, tem a responsabilidade de orientar as famílias e os tomadores de decisões políticas acerca dos debates atuais sobre o planejamento da reabertura das escolas, nos quais os especialistas tendem à percepção de que os prejuízos da manutenção das crianças em isolamento domiciliar sobrepujam os riscos da COVID-19.

A importância da violência doméstica em tempos de COVID-19

The importance of domestic violence in times of COVID-19

A importância da violência doméstica em tempos de COVID-19

Renata Dejtiar Waksman; Danilo Blank

Resid Pediatr. 2020;10(2):1-6 - Ponto de Vista - DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n2-414

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A violência doméstica disparou no mundo, os principais fatores de risco são o desemprego, suporte social limitado, abuso de álcool e drogas. Agressores, além de seguir com o abuso, mostram comportamentos de limitar acesso a produtos de higiene e máscaras, impedir procura por atendimento médico, controlar mídias sociais, tirar o cartão de crédito e do seguro, impedir que utilizem qualquer transporte e contato com familiares, vizinhos e amigos. Todos devem ter números de apoio para recorrer, se as vítimas não conseguem denunciar, outros podem fazê-lo: familiares, vizinhos, zelador, entregador de comida. Denunciar é obrigação de todos, na delegacia ou ligar para 180, 100 ou 190, Disque Denúncia - 181 e pela internet no Web Denúncia. O governo federal lançou novas plataformas para enviar denúncias por aplicativos: “Direitos Humanos Brasil”, ou no link da ouvidoria do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (para Android e iOS). A segurança infantil online também é importante, através da supervisão constante dos pais e acesso aos recursos de proteção. Medidas das instituições públicas e não governamentais são: disponibilidade de serviços e aplicativos para registrar queixas, processamento rápido das denúncias, aumentar compartilhamento de informações sobre serviços de referência, treinar equipes de atendimento e de proteção infantil, reforçar campanhas publicitárias para conscientizar pessoas a denunciar, prestar assistência financeira às famílias necessitadas, incentivar iniciativas para apoiar vulneráveis em situações de violência, com base nos atendimentos médico, psicológico, de assistência social e jurídico. Profissionais da saúde exercem papel crítico ao suspeitar, atender e notificar violência doméstica.