Artigos Relacionados
9 resultado(s) para:
antipirético; febre; febrefobia
Use of antipyretics: when, how and why
Uso de antitérmicos: quando, como e por quê*
Danilo Blank
Resid Pediatr. 2011;1(2):31-36 - Ponto de Vista
- DOI: 10.25060/residpediatr-2011.v1n2-07
Objetivo: Atualização de conhecimentos sobre tratamento da febre em pediatria. Fontes dos dados: Revisão não-sistemática de MEDLINE, SciELO e Google Scholar, com os termos fever, feverphobia, antipyretic e de listas de referências dos artigos encontrados, capítulos de livro e artigos clássicos. Síntese dos dados e conclusões: Febre é a elevação da temperatura corpórea acima da variação diária normal; uma resposta fisiológica complexa à doença, caracterizada por uma elevação regulada da temperatura central do corpo e ativação de sistemas imunológicos; tem baixa probabilidade de causar danos e pode ser benéfica. Há evidências de que a supressão medicamentosa da febre, vista como resposta adaptativa evoluída a infecções, provavelmente aumentaria sua morbidade. Os pais precisam ser bem orientados sobre os objetivos principais em caso de febre: reconhecer sinais de doenças potencialmente graves, melhorar o conforto da criança e manter um estado adequado de hidratação. Não há estudos em humanos que tenham demonstrado de modo convincente que o uso de antipiréticos em infecções comuns virais ou bacterianas traga riscos clinicamente relevantes. Drogas antipiréticas não previnem convulsões febris, devem ser reservadas para crianças com desconforto físico, com temperatura acima de 38,2°C, e devem sempre ser usadas em regime de monoterapia, não superpondo ou intercalando drogas diferentes. As maiores críticas aos regimes de drogas combinadas apontam as diferenças clinicamente desprezíveis e o risco nefrotoxicidade e de erros de dosagem por confusão dos cuidadores.
Brazilian spotted fever: importance of early diagnosis and treatment
Febre maculosa brasileira: Importância do diagnóstico e tratamento precoces
Yasmim de Freitas Vilaça Decaris Veloso; Nedstani de Freitas Soares; Ana Flávia Quaresma Ragone; Karen Anry Chan; Paula Marques de Oliveira Martins; Fabiana Maria Kakehasi; Alexandre Rodrigues Ferreira; Adrianne Mary Leão Sette e Oliveira
Resid Pediatr. 2019;9(2):161-163 - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2019.v9n2-14
A febre maculosa brasileira é uma doença febril aguda causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pela picada de carrapatos, tendo o Amblyomma cajennense como principal vetor. Apesar de ser zoonose endêmica no Brasil, especialmente na região Sudeste, a suspeição ainda é baixa e tardia, o que acaba gerando atraso no início do tratamento e pode apresentar elevada letalidade se não for prontamente identificada e tratada. Esse relato de caso descreve uma criança de 10 anos com febre, exantema, cefaleia, mialgia, náuseas, vômitos, dor abdominal e sinais meníngeos que iniciou tratamento com doxiciclina com 8 dias de evolução dos sintomas e foi a óbito 33 horas após suspeição diagnóstica.
PFAPA Syndrome: A Case report and literature review
Síndrome PFAPA: Relato de caso e revisão da literatura
Ivany Terezinha Rocha Yparraguirre; Roberto Tschoepke Aires; Angélica Varela Rondon; Luís Eduardo Reis Guimarães; Simone Cardoso Rodriguez y Rodriguez; Rodrigo Picarote de Figueiredo
Resid Pediatr. 2019;9(3):302-304 - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2019.v9n3-20
A síndrome PFAPA é uma doença autoinflamatória decorrente de uma desregulação do sistema imune. O diagnóstico é de exclusão. Os autores enfatizam a importância do diagnóstico e ainda o uso desnecessário de antibióticos nesses casos.
Spotted fever: case report
Febre maculosa: relato de caso
Thais Meneses Wyatt; Manoella Garcia Carrera; Thaís Simões Lacerda; Janinne Fachetti Rocha; Bárbara Freitas Pinto; Danielle Andrade Jaretta; Gabriela Franco Fabres; Racire Sampaio Silva
Resid Pediatr. 2020;10(3):1-3 - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n3-82
A febre maculosa é uma zoonose emergente grave causada pela bactéria Rickettsia e transmitida por carrapatos, esta pode ser fatal se não for diagnosticada e tratada no início dos sintomas clínicos. Segue o relato de caso de um paciente pediátrico, residente de área rural do interior do Espírito Santo, Brasil, com febre Maculosa que apresentou evolução desfavorável. O diagnóstico foi confirmado através da técnica de imunofluorescência indireta após o óbito. Considerando a alta letalidade e a prevalência da doença nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, deve-se pensar nesse diagnóstico diferencial na presença de sintomatologia e epidemiologia sugestivas desse agravo, visando reduzir a morbimortalidade da população acometida.
Incomplete Kawasaki disease with presentation of fever of unknown origin
Doença de Kawasaki incompleta com apresentação de febre de origem indeterminada
Lívia Figueiredo Pereira; Júlia Coutinho Cordeiro; Luísa Alvarenga Guerra Martins; Jáder Pereira Almeida
Resid Pediatr. 2021;11(3):1-4 - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n3-668
INTRODUÇÃO: A doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite sistêmica que acomete principalmente vasos de pequeno
e médio calibre.
OBJETIVOS: Apresentar o caso de uma criança com DK com forma incompleta, descrevendo o processo de investigação até o diagnóstico.
RELATO DE CASO: Paciente de 2 anos e 4 meses, sexo feminino, apresentou quadro de febre persistente, diária, durante duas semanas, associada à adenomegalia cervical unilateral direita, tratada inicialmente como adenite bacteriana. Em decorrência da persistência da febre, retornou à unidade de emergência, sendo identificado edema em ambos os pés e descamação periungueal em mão direita. Após investigação, o diagnóstico de DK incompleta foi confirmado de forma tardia.
DISCUSSÃO: A DK se enquadra dentre os diagnósticos diferenciais de febre de origem indeterminada. A forma incompleta da doença cursa com ausência dos sinais clínicos clássicos. Dada à gravidade da doença e suas possíveis complicações, é imprescindível que o tratamento seja realizado de forma precoce.
CONCLUSÃO: Faz-se necessário considerar a doença de Kawasaki como diagnóstico diferencial da febre de origem indeterminada em crianças.
The Diagnosis of Rheumatic Fever by the clinical presentation of Sydenham Chorea: Case report
O diagnóstico de febre reumática pela apresentação clínica de coreia de Sydenham: relato de caso
Mariana Castro Loureiro Curi; Juliana Cristina da Silva Castanheira; Isabela Gomes Maldi; Marcella Cristina Dias Mendonça; Josephine Marie da Cunha Fish Cardoso; Fabiana Jorge Galdino Barsam; Jussara Silva Lima
Resid Pediatr. 2022;12(1):1-3 - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n1-282
A coreia de Sydenham é caracterizada por movimentos involuntários de região distal de membros e face e acomete principalmente o sexo feminino durante a infância. Ocorre por complicação de faringoamigdalite causada por estreptococo beta hemolítico do grupo A. Esse relato de caso tem por objetivo descrever um caso de febre reumática diagnosticado a partir de um quadro clínico de coreia de Sydenham. Foi feito um estudo descritivo do tipo relato de caso de uma criança do sexo feminino, 12 anos, que procurou pronto-atendimento com queixa de movimentos involuntários em membros inferiores e superiores direitos e face há cinco dias, possuía história prévia de infecção de vias aéreas superiores com evolução autolimitada. Ao exame físico encontrava-se em bom estado geral, com movimentos de extensão e flexão de membros, abertura e fechamento das mãos, movimento dos dedos e careteamento, exames complementares sem alterações, exceto ASLO de 217UI/ml. Iniciou-se tratamento com haloperidol e penicilina benzatina e escolar evoluiu assintomática com melhora dos movimentos coreatetósicos. Este relato demonstra a relação existente entre a coreia de Sydenham e o diagnóstico tardio de febre reumática, além de explicitar o bom prognóstico a partir de um manejo terapêutico adequado e precoce.
Late recurrence of Kawasaki disease
Doença de Kawasaki com recorrência tardia
Camila Arfelli Cabrera; Nicolle Lavinia de Souza Pinheiro
Resid Pediatr. 2023;13(2): - Relato de Caso
- DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n2-554
Relato de um caso raro de recorrência de doença de Kawasaki (DK) e, dessa forma, chamar a atenção para a possibilidade de recidiva da doença após o primeiro episódio e o risco de complicações coronarianas. A recorrência de DK é rara, ocorre em apenas 3-5% dos casos descritos no Japão e é ainda menos frequente em outras populações. A incidência da recorrência na DK é mais alta nos primeiros dois anos após o primeiro diagnóstico, sendo mais frequente em pacientes do sexo masculino com idade igual a ou menor do que dois anos. As complicações cardíacas são mais frequentes na recorrência da DK, e a morte pode ocorrer por trombose de coronária ou ruptura de aneurisma de coronária.
Factors that distinguish multisystem inflammatory syndrome in children from other acute xfebrile illnesses on admission to the emergency department - tertiary service experience
Fatores que diferenciam a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica de outras doenças febris agudas na admissão em Unidade de Emergência - Experiência de um serviço terciário
Marina M.N.F Soares; Ana Luiza C. Bessa; Luísa R. M. P. Crivelenti; Viviane M.P. Balbão; Davi C. Aragon; Waldyr A.O. Borghi; Paulo Henrique M. Frattini; Alessandra K. Matsuno; Maria Célia Cervi; Rolando Paternina De La Ossa; Luciana M. de Carvalho
Resid Pediatr. 2024;14(1):1-7 - Artigo Original
- DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n1-981
OBJETIVO: Estabelecer parâmetros clínicos e laboratoriais para diferenciação, no serviço de emergência, da síndrome inflamatória multissistêmica em pediatria - SIM-P, pelos critérios de classificação CDC/WHO: Grupo 1, de outras síndromes febris não relacionadas ao SARS-CoV-2: Grupo 2.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo, observacional transversal. Avaliou pacientes menores de 18 anos apresentando síndromes febris e sinais clínicos ou laboratoriais sugestivos de SIM-P, de março de 2020 a outubro de 2021. Os grupos foram comparados pelos testes exato de Fisher e Wilcoxon, nível de significância de 5% e risco relativo (RR) e ajustado, IC 95% como medida de associação. Conditional inference tree identificou cutoffs de variáveis contínuas.
RESULTADOS: Dos 44 pacientes com critérios clínicos e/ou laboratoriais para SIM-P, 23 tiveram confirmação da infecção por SARS-CoV-2 por RT-PCR ou testes sorológicos (Grupo 1), apesar dos Grupo 1 (44,8%) e Grupo 2 (14,3%) terem epidemiologia positive para COVID-19. Doze síndromes febris, particularmente gastroenterite viral, mimetizaram SIM-P. Erupção cutânea, RR 5,0 (IC 95%, 1,7 -14,5), PCR > 6,4 mg/dl, RR 3,7 (IC 95%, 1,3 - 10,0), idade > 31 meses, RR 2,7 (IC 95%, 1,2 - 6,0) ), hiponatremia, RR 2,1 (IC 95%, 1,3 - 3,5) e uso anterior de antibiótico RR 1,9 (IC 95%, 1,1 - 3,1), foram associados ao diagnóstico confirmatório de SIM-P. Pacientes com níveis de PCR superiores a 6,4 mg/dl foram três vezes mais propensos a ter um diagnóstico confirmatório de SIM-P.
CONCLUSÃO: PCR superior a 6,4 mg/dl e erupção cutânea na admissão foram os principais fatores de risco associados à SIM-P.
Physical methods management for fever: it can be used?
Terapêutica não medicamentosa para febre: tem validade?
Victor Lenon Aires Peixoto; Fernando de Almeida Machado
Resid Pediatr. 2024;14(4): - Artigo Original
- DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n4-954
INTRODUÇÃO: a febre é uma das ocorrências mais incidentes na prática pediátrica. Entretanto, muitas atitudes são tomadas precipitadamente por responsáveis e profissionais na sua abordagem por ser uma manifestação clínica que gera ansiedade. Dentre as atitudes tomadas para seu controle, estão as medidas físicas.
OBJETIVOS: apresentar o que a literatura médica diz sobre o uso dessa modalidade terapêutica não medicamentosa de controle de temperatura corporal, suas vantagens e desvantagens e, se possível, identificar fatores que possam estar associados a essas atitudes.
METODOLOGIA: revisão integrativa da literatura sobre a terapia não medicamentosa da febre. Foi definida a pergunta norteadora: "A terapêutica não medicamentosa da febre tem validade?" Foi selecionada a base de dados Medline e feita uma pesquisa livre para a identificação de material relevante que não estivesse indexado na base de dados selecionada.
RESULTADOS: foram incluídos 25 estudos para análise.
DISCUSSÃO: há muitos resultados conflitantes mostrando ou não eventuais benefícios do tratamento físico da febre, e muitos deles apresentam diminuição da temperatura corporal somente nos primeiros minutos. As inúmeras inconsistências nos resultados podem ser devido a problemas metodológicos.
CONCLUSÕES: atualmente, não existem respostas definitivas na análise de riscos e benefícios referentes ao uso de métodos físicos para controle da febre.