ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

VOLUME6 - NÚMERO 3 Set/ Dez - 2016

Edição completa

Editorial
Artigo Original

2 - Compreensão da consulta em dermatologia pediátrica

The medical appointment understanding in pediatric dermatology

Comprensión de la consulta en dermatología pediátrica

Mariana Canato; Vânia Oliveira de Carvalho

Resid Pediatr. 2016;6(3):114-120 DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6n3-02

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OBJETIVO: Avaliar a compreensão que cuidadores e familiares têm a respeito da doença em acompanhamento, da prescrição e das orientações fornecidas pela equipe médica no serviço de Dermatologia Pediátrica do Hospital de Clínicas. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo transversal e analítico realizado através de aplicação de questionários (n = 64) aos responsáveis pelos pacientes menores de 14 anos que compareciam à primeira consulta na especialidade de Dermatologia Pediátrica. Foram analisados dados gerais do paciente, do cuidador, da compreensão da doença e da prescrição. RESULTADOS: Dezesseis (25%) acompanhantes não entenderam a definição da dermatose e 32 (50%) não sabiam dizer o nome da doença. Apesar de 80% da amostra considerar "fácil" a explicação do profissional sobre a doença, metade dos entrevistados compreendeu a posologia e indicações da terapêutica proposta. Não houve diferença na compreensão da doença conforme o nível de escolaridade ou de renda per capita da família. "A explicação fácil do médico" foi citada por 43 (67%) participantes como fator que facilita o entendimento da consulta e 15 (23%) mencionaram que a "letra legível" é importante para compreender a prescrição. O "uso de termos técnicos" foi apontado por 22 (34%) acompanhantes como fator que prejudica o entendimento da doença e das medicações. CONCLUSÃO: O percentual de incompreensão da doença e da prescrição foi elevado. O uso de termos técnicos foi o principal fator que dificultou o entendimento da consulta, enquanto a "explicação fácil" contribui para a compreensão da consulta. Estes dados demonstram a importância da verificação do entendimento do paciente ao término da consulta.
Caso Interativo

3 - Uma criança com pneumonia recorrente e imagem pulmonar persistente, cujo diagnóstico foi feito pela ultrassonografia. Qual a sua hipótese diagnóstica?

A child with recurrent pneumonia and persistent pulmonary image, whose diagnosis was performed by ultrasonography. What is your diagnostic hypothesis?

Un niño con neumonía recurrente e imagen pulmonar persistente, cuyo diagnóstico se hizo por la ultrasonografía. ¿Cuál es su hipótesis diagnóstica?

Patrícia Fernandes Barreto Machado Costa; Renata Wrobel Folescu Cohen; Pedro Augusto Daltro; Deborah Aragão; Tânia Wrobel Folescu; Paulo Roberto Boechat

Resid Pediatr. 2016;6(3):121-126 DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6n3-03

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Comentando Consensos e Diretrizes
Comunicaçao Breve
Desafio Diagnostico
Ética
Ponto de Vista

8 - A prova tuberculínica em crianças e jovens contatos de tuberculose infectados e não infectados pelo HIV no Rio de Janeiro

Tuberculin test in tuberculosis contacts, HIV-positive and non-HIV positive children and adolescents, in Rio de Janeiro

La prueba tuberculínica en niños y jóvenes contactos de tuberculosis infectados y no infectados por el VIH en Río de Janeiro

Marilene Augusta Crispino Santos; Clemax Couto Sant'Anna; Ana Alice Teixeira P. Beviláqua

Resid Pediatr. 2016;6(3):164-166 DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6n3-14

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Os autores analisam resultados da prova tuberculínica em contatos de tuberculose com base no banco de dados da Secretaria de Estado de Saude do Rio de Janeiro (SES-RJ). Havia 2.441 (97%) contatos com prova tuberculínica ≥ 5 mm, sendo 61,9% deles menores de 10 anos. A maioria dos contatos soropositivos apresentou prova tuberculínica reatora. Os dados sugerem que a prova tuberculínica possa ser útil na maioria dos casos de infecção latente por tuberculose, mesmo naqueles infectados pelo HIV.
Qual é o Diagnóstico?
Relato de Caso

10 - Hemangioendotelioma Kaposiforme associado a Sindrome de Kassabach Merritt - Relato de Caso

Associated with Kaposiform Hemangioendothelioma Kassabach Merritt Syndrome - Case Report

Hemangioendotelioma Kaposiforme asociado a Síndrome de Kassabach Merritt - Relato de Caso

Pamella Demeciano Mamede; Kellen Cristina Kamimura Barbosa Silva; Valéria Cardoso Alves Cunali

Resid Pediatr. 2016;6(3):131-133 DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6n3-06

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Os autores descrevem um caso de Hemangioendotelioma Kaposiforme em palato, associado a Síndrome de Kasabach Merritt em paciente pré escolar. Durante corticoterapia apresentou recidiva, sendo associado interferon alfa. Desde então, não teve novas internações com remissão quase completa do tumor.

11 - Bezoar - Relato de caso de um pré-escolar com Síndrome de Rapunzel

Bezoar - Case report of a preschool children with Rapunzel Syndrome

Bezoar - Relato de caso de un preescolar con Síndrome de Rapunzel

Pedro Samora Costa Pereira; Luis Gustavo Sabino Borges

Resid Pediatr. 2016;6(3):134-136 DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6n3-07

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Relato de caso de um paciente de 2 anos e 11 meses com bezoar gigante que se estende até duodeno. O caso se torna interessante haja visto a idade do paciente, que nos relatos da literatura não citam ocorrencia em paciente tão jovem. Foram discutidas as opções para diagnóstico e tratamento. O benzoar estendia-se do estômago ao duodeno, denominando-se Síndrome de Rapunzel.

12 - Displasia septo-óptica como causa de colestase neonatal

Septo-optic dysplasia as a cause of neonatal cholestasis

Displasia septo-óptica como causa de colestasis neonatal

Viviane Mauro Corrêa Meyer; Karine Bahri de Oliveira Penna; Ana Paula Neves Bordallo; Daniel Luis Schueftan Gilban; Clarice Borschiver de Medeiros

Resid Pediatr. 2016;6(3):137-140 DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6n3-08

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A displasia septo-óptica (Síndrome de De Morsier) se caracteriza pela presença de dois de três critérios: defeito de linha média, hipoplasia de nervo óptico e hipopituitarismo. Apesar de se tratar de uma doença rara, seu diagnóstico deve ser rápido, preferencialmente no período neonatal, a fim de evitar maior morbidade futura. Neste relato apresentamos um caso de colestase neonatal, condição frequente na pediatria, como manifestação precoce da síndrome.

13 - Síndrome de Costello: Relato de caso e revisão da abordagem diagnóstica

Costello syndrome: Case report and review of diagnostic approach

Síndrome de Costello: Relato de caso y revisión del abordaje diagnóstico

Ana Paula da Rosa Pereira; Sabrine Teixeira Ferraz Grunewald

Resid Pediatr. 2016;6(3):141-144 DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6n3-09

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INTRODUÇÃO: A síndrome de Costello é uma patologia autossômica dominante causada por mutações no gene HRAS, que produz uma proteína envolvida no controle da divisão e crescimento celular. É uma condição clínica muito rara, com cerca de 200 a 300 casos confirmados em todo o mundo. Uma das manifestações de maior gravidade é a arritmia cardíaca, potencialmente fatal. OBJETIVO: Propomos o relato de um caso diagnosticado clinicamente como síndrome de Costello, e discutimos o manejo da arritmia cardíaca associada. MÉTODOS: Relato de caso após revisão de prontuário e revisão da literatura. RESULTADOS: Uma lactente de sexo feminino, com 1 ano e 3 meses, com diagnóstico clínico de síndrome de Costello, foi internada para avaliação de arritmia cardíaca. Apresentava, no ecocardiograma, miocardiopatia hipertrófica. O Holter revelou taquicardia atrial e supraventricular com aberrância, átrio esquerdo instável, arritmia cardíaca refratária e extrassístoles atriais bloqueadas. Optou-se pelo início de amiodarona 5mg/kg/dia e captopril 1mg/kg/dia, com reavaliação após duas semanas de tratamento. Houve melhora da ausculta cardíaca, porém manutenção do padrão eletrocardiográfico. Devido ao prognóstico geral da paciente, optou-se por acompanhamento ambulatorial com melhora clínica e eletrocardiográfica. CONCLUSÃO: Não existem diretrizes específicas para o tratamento das arritmias cardíacas na síndrome de Costello. Pacientes que evoluem com essa complicação apresentam um pior prognóstico, e é preciso decidir, junto com a família, a melhor conduta.

14 - Doença da arranhadura do gato em criança portadora de anemia falciforme

Cat scratch disease in a child with sickle cell anemia

Enfermedad del arañazo del gato en niño portador de anemia falciforme

Scheider Brandão Schaiblich; Silvia de Andrade Toscano Mendes Moreira; Dominique Fonseca Rodrigues Lacet; Sônia Maria Neumann Cupolilo; Sabrine Teixeira Ferraz Grunewald

Resid Pediatr. 2016;6(3):145-148 DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6n3-10

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INTRODUÇÃO: A doença da arranhadura do gato (DAG) manifesta-se como linfonodopatia regional dolorosa, de evolução subaguda após arranhadura ou mordida de gato, sendo transmitida pela bactéria Bartonella henselae. O diagnóstico é dado pela biópsia ou punção aspirativa de linfonodos acometidos, que devem ser submetidos à análise histopatológica, sorologia ou PCR (preferível). DESCRIÇÃO DO CASO: Criança de sexo masculino, 8 anos, com quadro de linfonodomegalia supraclavicular direita, progressiva, dolorosa, na ausência de sintomas sistêmicos. Relata contato prévio com gato doméstico. Ultrassonografia cervical e supraclavicular direita com imagens nodulares correspondentes a linfonodomegalias. Sorologias para HIV, toxoplasmose, EBV, CMV, Bartonella henselae e VDRL negativas. O paciente foi submetido à biópsia excisional de linfonodo supraclavicular direito, cujo resultado sugeria a DAG como principal hipótese diagnóstica. Optou-se pelo tratamento ambulatorial com azitromicina. Ao ser reavaliado duas semanas após, houve involução do quadro. DISCUSSÃO: Este caso ilustra uma evolução típica de DAG, em que um escolar foi acometido por adenomegalia cervical subaguda com história epidemiológica positiva e sorologia para Bartonella negativa. O rastreamento sorológico excluiu outras causas de adenites, mais comuns nesta faixa etária. O bom estado geral, apesar da pronunciada linfonodomegalia, sem sinais de toxemia, é característico de DAG. CONCLUSÃO: A falta de exames complementares mais acurados, a dificuldade em cultivar o patógeno e a necessidade de estudo histopatológico dificultam o diagnóstico ágil da DAG e contribuem para o não reconhecimento dessa enfermidade. A pesquisa de B. henselae deve ser considerada no rastreamento de adenites, principalmente se a evolução for subaguda como no paciente descrito.

15 - Relato de caso: Esofagite eosinofílica associada à alergia à proteína do leite de vaca

Case Report: Eosinophilic esophagitis associated with cow’s milk protein allergy

Relato de caso: Esofagitis eosinofílica asociada a la alergia a la proteína de la leche de vaca

Bruna Piassi Guaitolini; Priscilla Filippo Alvim de Minas Santos

Resid Pediatr. 2016;6(3):149-151 DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6n3-11

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INTRODUÇÃO: Esofagite eosinofílica é uma doença inflamatória crônica caracterizada por um infiltrado de eosinófilos no esôfago, sendo estimada em 1:10.000. É distinta da DRGE, embora os pacientes compartilhem sintomas semelhantes. Não está bem estabelecido o papel da alergia no processo, porém a melhora ou resolução do processo com a dieta de exclusão alimentar indica um papel da alergia alimentar em alguns pacientes. OBJETIVO: relatar a evolução de um paciente com esofagite eosinofílica associada à proteína do leite de vaca. MÉTODO: revisão de prontuário. RELATO DO CASO: Aos 3 meses, paciente iniciou quadro de vômitos e dor abdominal recorrente, diagnosticado como refluxo gastroesofágico e instituído tratamento. Evolui com epigastralgia, pirose, alteração pôndero-estatural, engasgos e impactação com líquidos. Aos 7 anos foi diagnosticado com esofagite eosinofílica através de endoscopia digestiva alta (EDA) com biópsia e associação com alergia à proteína do leite de vaca (IgE sérica para leite de vaca aumentada). Após início de tratamento adequado e dieta de exclusão apresentou remissão do quadro. Após abandono do tratamento e reintrodução do leite de vaca na dieta, apresentou sintomas gastrointestinais associados à urticária e angioedema. Reiniciado tratamento, com remissão do quadro clínico e EDA normal. CONCLUSÃO: A esofagite eosinofílica deve ser lembrada quando a terapia com bloqueadores de bombas de prótons falha no controle dos sintomas. A endoscopia digestiva alta com biópsias é fundamental para o diagnóstico e para o acompanhamento desses pacientes.
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