ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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1 a 30 De (E-mail) 201 resultado(s) para: assistência perinatal; criança; tuberculose

Inflamação nas vias aéreas em crianças e adolescentes com asma

Airway inflammation in childhood asthma

Inflamação nas vias aéreas em crianças e adolescentes com asma

Silvia de Sousa Campos Fernandes; Cássio da Cunha Ibiapina; Laura Maria de Lima Belisário Facury Lasmar; Cristina Gonçalves Alvim; Cláudia Ribeiro de Andrade; Isabela Furtado de Mendonça Picinin; Natalia Silva Champs

Resid Pediatr. 2011;1(1):16-9 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2011.v1n1-04

Resumo PDF Português
Objetivo: Revisar a literatura sobre métodos que avaliem a inflamação nas vias aéreas em crianças com asma. Métodos: Pesquisa não sistemática realizada nas bases Medline e LILACS, nos últimos 20 anos, usando os descritores asthma, childhood, nitric oxide, inflammation, induced sputum, exhaled breath condensate e CT scan. Resultados: Os métodos compreendem os marcadores inflamatórios verificados no escarro induzido, como interleucinas, proteína catiônica eosinofílica, RANTES, o condensado do ar expirado, a fração exalada do óxido nítrico (FeNO) e a tomografia computadorizada de tórax. A tomografia permite avaliar o espessamento nas vias aéreas de grande e pequeno calibre, os marcadores inflamatórios do escarro induzido estão elevados na asma bem como aqueles do condensado do ar exalado. Níveis elevados do FeNO correlacionam-se com eosinófilos no escarro, hiperresponsividade brônquica e piora do controle da asma. Sua utilidade no manejo da asma tem sido extensamente investigada. Conclusões: A incorporação dos marcadores inflamatórios não invasivos na prática clínica talvez possa contribuir para um melhor controle da asma e, consequentemente, reduzir sua elevada e desnecessária morbidade.

A bioética pediátrica e a autonomia da criança

Pediatric Bioethics and child's autonomy

A bioética pediátrica e a autonomia da criança

Isabel Rey Madeira

Resid Pediatr. 2011;1(Supl.1):10-14 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2011.v1s1-03

Resumo PDF Português
O objetivo deste trabalho foi rever a literatura sobre a bioética e a autonomia da criança. Foi realizada busca eletrônica na base de dados PubMed/MEDLINE e consultados alguns livros sobre o tema. A aplicação da bioética ao campo da pediatria é um assunto atual, e com particularidades específicas inerentes à faixa etária pediátrica, principalmente no que se refere ao princípio do respeito à autonomia, na maioria das vezes exercida pelo de proxy consent, pelos pais das crianças. Cabe ao pediatra a responsabilidade de assegurar a beneficência para seu paciente. A tomada de decisão deve ser conjunta, respeitando os valores da família e os princípios da bioética, e, ao mesmo tempo, entendendo o paciente pediátrico enquanto ser moral em desenvolvimento.

Rol del pediatra en evitar el tabaquismo en adolescentes y niños

Role of the pediatrician in preventing smoking in adolescents and children

Rol del pediatra en evitar el tabaquismo en adolescentes y niños

Leonardo Véjar Mourgués

Resid Pediatr. 2011;1(Supl.1):15-19 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2011.v1s1-04

Resumo PDF Português
En Chile un 34% de los niños de enseñanza media egresan fumando y en Brasil alrededor de 15%. Brasil, está en un momento evolutivo en que las tasas en escolares sin ser bajas, pueden ascender. Por eso, debe haber preocupación de los pediatras brasileños en esta nueva problemática. El tabaquismo es una enfermedad pediátrica, porque casi todas las personas se inician en el consumo de cigarrillos siendo jóvenes o niños. El inicio del consumo se debe a la publicidad directa o indirecta de la industria y a la imitación que los jóvenes hacen de sus padres, de sus ídolos juveniles, de los profesores y los funcionarios de la salud que fuman. Las campañas desarrolladas en las escuelas y que sólo consisten en aspectos informativos han fracasado. Han dado resultado campañas multi componentes que consideran prohibir el consumo en los colegios, estimular el cese de fumar a profesores y apoderados, campañas de concursos escolares, subir el precio de los cigarrillos y controlar la publicidad directa e indirecta. Por lo anterior, si el médico quiere ayudar a evitar el inicio del tabaquismo en los jóvenes debe desarrollar acciones en forma amplia y no aislada ¿Cuáles serían las tareas a desarrollar? La primera, el médico, especialmente el de niños, no debe fumar por su rol modélico y para que las acciones de salud que va a realizar sean creíbles. La segunda tarea es ayudar al equipo de colaboradores a dejar de fumar. La tercera con relación a los pacientes pediátricos y a sus padres, es preguntar siempre y en toda consulta si fuman o no y si lo hacen, aconsejar la cesación en forma clara, enérgica y fundamentada. Además, ofrecer ayuda para hacerlo. La cuarta tarea, es ampliar el espectro a dar apoyo a los profesores de los colegios y universidades, para orientar la formación de los alumnos especialmente de carreras de la salud y de paso, ayudar a los profesores a dejar de fumar. La quinta apoyar a los políticos para modificar las leyes y desarrollar medidas que desalienten el ingreso de los jóvenes al consumo, tales como, control de la publicidad abierta y encubierta, subir los precios de productos del tabaco y crear ambientes libres de humo. Por último, el pediatra debe estar atento a los indicadores epidemiológicos del consumo de tabaco en la juventud y sus cambios con relación a las medidas de control.

Tuberculose perinatal: Relato de Caso e Revisão da Literatura

Perinatal tuberculosis: Case Report and Literature Review

Tuberculose perinatal: Relato de Caso e Revisão da Literatura

Ana Flávia Malheiros Torbey; Cristiane Harumi Bazhuni Tsuge; Bernardo Alencar Siebra; Úlian A. G. Oliveira; Amanda S. Fonte; Lívia C. Barros; Claudete Aparecida Araujo Cardoso

Resid Pediatr. 2013;3(1):21-24 - Relato de Caso

Resumo PDF Português
OBJETIVO: Destacar as dificuldades de diagnóstico de tuberculose perinatal e ressaltar que a tuberculose materna não tratada adequadamente leva a um risco aumentado da forma perinatal da doença. DESCRIÇÃO: Relatamos o caso de lactente de sete meses de idade que apresentou tosse seca, adenopatia, calcificações hepáticas na ultrassonografia abdominal, áreas de consolidações em vidro fosco na tomografia computadorizada de tórax e biópsia de linfonodo inguinal com inflamação crônica e necrose liquefativa, com isolamento de Mycobacterium tuberculosis. A mãe recebeu diagnóstico presuntivo de tuberculose dois meses antes da gestação, sem tratamento adequado, faleceu um mês após o parto e era a única fonte potencial de infecção identificada. O tratamento da criança com tuberculostáticos foi utilizado, com melhora clínica. COMENTÁRIOS: A tuberculose é prevalente no Brasil e seu diagnóstico deve ser considerado durante a gestação e infância; desta forma, pode ser diagnosticada e tratada adequadamente, reduzindo a morbimortalidade da população afetada.

A prova tuberculínica em crianças e jovens contatos de tuberculose infectados e não infectados pelo HIV no Rio de Janeiro

Tuberculin test in tuberculosis contacts, HIV-positive and non-HIV positive children and adolescents, in Rio de Janeiro

La prueba tuberculínica en niños y jóvenes contactos de tuberculosis infectados y no infectados por el VIH en Río de Janeiro

Marilene Augusta Crispino Santos; Clemax Couto Sant'Anna; Ana Alice Teixeira P. Beviláqua

Resid Pediatr. 2016;6(3):164-166 - Ponto de Vista - DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6n3-14

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Os autores analisam resultados da prova tuberculínica em contatos de tuberculose com base no banco de dados da Secretaria de Estado de Saude do Rio de Janeiro (SES-RJ). Havia 2.441 (97%) contatos com prova tuberculínica ≥ 5 mm, sendo 61,9% deles menores de 10 anos. A maioria dos contatos soropositivos apresentou prova tuberculínica reatora. Os dados sugerem que a prova tuberculínica possa ser útil na maioria dos casos de infecção latente por tuberculose, mesmo naqueles infectados pelo HIV.

Atualização das diretrizes de tratamento de tuberculose multirresistente da OMS e uso de novas drogas em crianças

Updated WHO MDR-TB treatment guidelines and the use of new drugs in children

Actualización de las directrices de tratamiento de MDR-TB de la OMS y uso de nuevas drogas en niños

Malgosia Grzemska

Resid Pediatr. 2017;7(Supl.1):7-10 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2017.v7s1-03

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Poucos dados estão disponíveis sobre a ocorrência de tuberculose multirresistente (TB-MR) em crianças devido à dificuldade de confirmação bacteriológica da resistência aos medicamentos nesta faixa etária. No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece o crescente problema da TB-MR em crianças e, pela primeira vez, incluiu recomendações específicas para o tratamento da TB-MDR na atualização das diretrizes em 2016 para tratamento para tuberculose resistente a medicamentos. Os relatórios preliminares também estão se tornando disponíveis em relação ao uso de delamanídeos em crianças. Mais pesquisas são necessárias para fornecer evidências sobre o uso de novos medicamentos nessa faixa etária.

Intensificação de casos de tuberculose na Suazilândia: quem pode ser encontrado em um domicílio com um alto nível de carga de TB/HIV?

Intensified TB case finding in Swaziland: whom do you find in the household in a high TB/HIV burden setting?

Intensificación de casos de tuberculosis en la Suazilandia: ¿quién se puede encontrar en un domicilio con un alto nivel de carga de TB/ VIH?

Lucia Gonzalez; Katherine Ngo; Pilar Alonso Ustero; Rachel Golin; Florence Anabwani; Bulisile Mzileni; Welile Sikhondze; Anna Maria Mandalakas

Resid Pediatr. 2017;7(Supl.1):11-16 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2017.v7s1-04

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OBJETIVOS: Em comunidades, onde as estratégias de Busca Ativa de Casos (BAC) foram implantadas, aumentou-se a detecção de casos de TB e HIV, ainda que, o impacto direto dessas estratégias nas epidemias de TB e HIV permaneça desconhecido. Com o financiamento do projeto TB REACH, a Fundação para Crianças/Baylor College of Medicine Children’s Foundation-Swaziland (BCMCF-SD) implementou um programa BAC baseado na comunidade para estender intervenções de saúde a uma população representativa da Suazilândia. MÉTODOS: A fundação BCMCF-SD selecionou contatos domésticos de casos-índice (ICs) iniciando o tratamento de TB em 7 unidades de saúde. Os contatos de casos de TB positiva foram encaminhados para uma unidade de saúde para cultura de escarro. As visitas domiciliares foram conduzidas para alcançar contatos de casos de TB presuntiva que não visitaram centros de saúde. A população alcançada foi descrita através de BAC domiciliares entre maio de 2013 e dezembro de 2015, de acordo com a idade, sexo, status de HIV reportado e número de casos de TB adicionais. RESULTADOS: 3.342 ICs foram associados a 876 domicílios, totalizando 5.337 contatos. Desses contatos, 2.635 (49%) forneceram escarro para investigação de TB, com 88% (2.324/2.635) de amostras de escarro coletadas durante visita domiciliar. Nosso programa identificou 2% (45/2.635) casos adicionais de TB confirmados bacteriologicamente. A positividade para HIV correspondeu a 9% (464/5.336) dos contatos, enquanto 55% (2.946/5.336) foram relatados como tendo status de HIV desconhecido. Homens adultos e adolescentes foram mais propensos a reportar status de HIV desconhecido (p < 0,01). CONCLUSÃO: Embora eficazes na busca de casos adicionais de TB, as estratégias BAC baseadas em domicílios podem ser limitadas na identificação de casos confirmados bacteriologicamente entre crianças, adolescentes e idosos, nessa disposição. Nosso modelo de BAC oferece uma conduta ideal para reduzir o fardo da TB, estendendo os serviços às populações difíceis de serem alcançadas.

Diagnóstico da tuberculose em crianças: qual o papel do hemograma e das provas de atividades inflamatórias?

Diagnosis of tuberculosis in children: the role of hemogram and inflammatory markers

Diagnóstico de la tuberculosis en niños: ¿cuál es el papel del hemograma y de las pruebas de actividades inflamatorias?

Tyane de Almeida Pinto; Andrea Maciel de Oliveira Rossoni; Cristina de Oliveira Rodrigues; Marssoni Deconto Rossoni; Tony Tannous Tahan

Resid Pediatr. 2017;7(Supl.1):17-19 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2017.v7s1-05

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Sabe-se que a tuberculose infantil é uma questão de saúde pública mundial, porém negligenciada em relação ao seu diagnóstico e tratamento. Como a doença na infância é paucibacilar a confirmação laboratorial ocorre na minoria dos casos. Sendo assim, utilizam-se critérios clínicos, epidemiológicos, radiológicos e laboratoriais para confirmação diagnóstica. Esse estudo revisou a literatura buscando como o hemograma e as provas de atividades inflamatórias poderiam corroborar com esse diagnóstico. Existem poucos estudos na literatura sobre esse tema, sendo descrito que o achado mais comum, em relação ao hemograma é anemia de doença crônica (normocrômica e normocítica), com leucograma inespecífico e plaquetose. Talvez o que mais ajude, para suspeição desse diagnóstico, seja a ausência de leucocitose, comum num quadro agudo pulmonar febril. As provas de atividades inflamatórias são classicamente elevadas, porém alguns estudos questionam o valor do VHS como auxiliar no diagnóstico da tuberculose. Outros parâmetros laboratoriais requerem mais estudos para terem utilidade comprovada no rastreio e diagnóstico da doença na infância.

Diagnóstico laboratorial da tuberculose na infância

Laboratorial diagnosis of Childhood tuberculosis

Diagnóstico laboratorial de la tuberculosis en niños

Maria de Fátima B. Pombo March; Rafaela Baroni Aurílio

Resid Pediatr. 2017;7(Supl.1):27-31 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2017.v7s1-07

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Em 1993, a tuberculose (TB) passou a ser reconhecida, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma emergência global e, em 2014, a estimativa foi de 1 milhão de casos de tuberculose na faixa etária pediátrica, e nas Américas, cerca de 10.000 casos. O diagnóstico na faixa etária pediátrica no Brasil ainda se baseia no sistema de pontuação do Ministério da Saúde (sobretudo entre os menores de 10 anos), entretanto, novos métodos laboratoriais, bacteriológicos e imunológicos têm sido propostos na tentativa de contribuir para o diagnóstico da TB. O Xpert MTB- Rif system (TRM-TB) é um método rápido que busca comprovação bacteriológica. Baseado no PCR em tempo real é capaz de detectar fragmentos de M. tuberculosis (em secreções respiratórias, gânglios e líquor) e de identificar resistência à rifampicina (RMP). Na faixa etária pediátrica, a sua utilização como método diagnóstico rotineiro ainda é controverso, pela sua baixa sensibilidade. Os principais métodos imunológicos cujo objetivo é determinar se há ou não infecção pelo M. tuberculosis são: a prova tuberculínica e o Interferon Gamma Release Assay (ensaio de detecção de interferon gama) ou IGRA. O resultado negativo destes testes não exclui a TB doença nem seu resultado positivo a confirma. O presente artigo apresenta revisão sobre o papel dos testes Xpert, prova tuberculínica e IGRAs na infância.

Utilização de biomarcadores na tuberculose pediátrica

Use of biomarkers in pediatric tuberculosis

Utilización de biomarcadores en tuberculosis pediátrica

Christiane Mello Schmidt; Adriano Queiroz; Claudete Aparecida Araújo Cardoso

Resid Pediatr. 2017;7(Supl.1):32-37 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2017.v7s1-08

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No presente artigo são revisados o conceito de biomarcadores e biosignature e o seu potencial uso na tuberculose pediátrica, com aplicação no desenvolvimento de novas vacinas e de novos métodos laboratoriais que permitam o diagnóstico mais preciso e a avaliação da resposta ao tratamento. Enfatizam-se, também, os métodos que incluem a dosagem de anticorpos, citocinas, transcriptomas, proteomas e metabolomas.

Melhoras no acesso à terapia preventiva contra a tuberculose e tratamento para crianças

Improving access to tuberculosis preventive therapy and treatment for children

Mejoras en el acceso a la terapia preventiva contra la tuberculosis y tratamiento para niños

Ben J. Marais; Carlos M. Perez-Velez

Resid Pediatr. 2017;7(Supl.1):38-43 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2017.v7s1-09

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Nos países endêmicos da tuberculose (TB), as crianças sofrem uma enorme sobrecarga da doença, o que se tornou amplamente invisível quando os programas de controle de TB se concentraram exclusivamente em adultos com diagnóstico positivo para a doença (teste do escarro). A advocacia de alto nível e aprimoração de dados melhoraram a visibilidade, mas o estabelecimento de programas funcionais de tuberculose pediátrica continua sendo desafiador. As questões-chave que limitam o acesso das crianças à terapia preventiva de TB e a exposição à infecção por TB e ao tratamento de doenças em áreas endêmicas de TB são brevemente discutidas. Os obstáculos à terapia preventiva incluem: (a) inabilidade constatada de excluir a doença ativa; (B) receio de criar resistência aos medicamentos; (C) falta de implementação de diretrizes existentes na ausência de monitoramento adequado; e (d) adesão fraca com longos cursos de terapia preventiva. Os obstáculos ao tratamento da tuberculose incluem: (a) dificuldades de diagnóstico; (B) falta de disponibilidade de radiografia de tórax; (C) crianças jovens apresentando serviços de saúde materno-infantil (MCH) despreparados; e (d) a ausência de formulações favoráveis às crianças. Em relação à doença resistente a medicamentos, atualmente não há orientação sobre o uso de terapia preventiva e o tratamento geralmente é restrito a casos com doença bacteriologicamente confirmada, o que exclui a maioria das crianças pequenas a tratamento, mesmo que a sua origem seja provavelmente documentada por TB resistente a fármacos ou medicamentos.

Esquemas de tratamento da tuberculose na infância e eventos adversos relacionados

Treatment regimens for tuberculosis in children and related adverse effects

Esquemas de tratamiento de la tuberculosis en la infancia y eventos adversos relacionados

Emanuela da Rocha Carvalho; Andrea Maciel de Oliveira Rossoni; Tony Tannous Tahan; Marssoni Deconto Rossoni; Cristina de Oliveira Rodrigues

Resid Pediatr. 2018;8(1):20-26 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2018.v8n1-03

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A terapêutica inicial da tuberculose em crianças, recomendada pela OMS, é comparável aos regimes dos adultos, com terapia por seis meses com uso de múltiplas drogas em tratamento diretamente observado. A instituição rápida do tratamento em crianças com menor idade é imprescindível, devida à possibilidade de disseminação rápida da doença, sequelas graves e óbito. As crianças e adolescentes de um modo geral, toleram muito bem a utilização de fármacos antituberculose. Este artigo se propõe a revisar os principais esquemas terapêuticos, posologias e eventos adversos associados às drogas que compõem os esquemas de tratamento de primeira linha para tuberculose na infância, além de apresentar recomendações práticas para seguimento de crianças e adolescentes em tratamento. Foram revisadas as diretrizes atuais da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil, como também, artigos referentes aos esquemas terapêuticos utilizados e seus principais eventos adversos. A literatura revisada descreve que, nas dosagens recomendadas, os fármacos antituberculose são bem toleradas na população pediátrica, os eventos adversos graves são raros e a maioria transitórios. A frequência de efeitos tóxicos pode estar relacionada à gravidade da doença tuberculosa. A isoniazida é o fármaco mais extensivamente estudado e utilizado nas crianças, por ser também utilizada no tratamento da tuberculose latente. A hepatotoxicidade é o principal evento adverso descrito. Na sua grande maioria, quando o tratamento é instituído de forma adequada, transcorre sem eventos adversos importantes que necessitem suspender à terapêutica. É necessário alto índice de suspeição para realizar o diagnóstico e consequentemente o tratamento adequado visando contribuir para alterar, em longo prazo, o curso da doença na idade pediátrica.

Principais dúvidas dos pediatras sobre tuberculose em crianças e adolescentes

The main questions of pediatricians about children and adolescents with tuberculosis

Principales dudas de los pediatras sobre tuberculosis en niños y adolescentes

Rosana Alves; Sabrina Marini Araujo Saar; Clemax Couto Sant’Anna

Resid Pediatr. 2018;8(1):27-37 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2018.v8n1-04

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OBJETIVO: A tuberculose (TB) infantil é assunto de grande relevância e, por haver dificuldades por parte dos pediatras sobre vários aspectos da doença e da infecção latente (ILTB), busca-se conhecer quais são estas dificuldades, para promover meios de divulgação da informação. MÉTODOS: Este trabalho consistiu em agrupar as perguntas mais frequentes dos pediatras sobre TB na criança e no adolescente, realizadas em oito Congressos Brasileiros de Pediatria e de Pneumologia Pediátrica em um período de 12 anos, de 2003 a 2015. RESULTADOS: Cerca de 200 perguntas foram anotadas pelos autores, referentes a: diagnóstico na criança sintomática ou com ILTB (60%); vacinação BCG (10%); Prova Tuberculínica e outros métodos diagnósticos (10%); tratamento (10%); abordagem do recém-nascido (RN) contato (5%) e cuidados de prevenção do Profissional de Saúde (5%). Foram destacadas 25 perguntas frequentes que abordassem todos estes aspectos, tais como: “Como investigar e tratar TB e ILTB?”; “O que fazer, se não houver cicatriz BCG?”; “O que é Teste Rápido Molecular?”; “O tratamento da TB mudou na criança?”; “O que fazer com o RN coabitante de bacilífero?”; “Como prevenir TB em Profissionais de Saúde?”. CONCLUSÕES: As mesmas perguntas se mantiveram em anos, mudando quando havia também alterações nas normas para o controle da tuberculose, como um novo teste diagnóstico ou a mudança do tratamento. As respostas foram organizadas em textos de fácil consulta, um material didático que potencialize a atuação do profissional no combate à TB.

Mal de Pott: Relato de caso

Pott’s Disease: A Case Report

Mal de Pott: Relato de caso

Diego Moreira de Aguiar; Fabrício Silva Pessoa; Maria Neusa Sousa Cavalcante

Resid Pediatr. 2019;9(2):167-169 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2019.v9n2-16

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Mal de Pott é o termo utilizado para definir a infecção da coluna vertebral pelo Mycobacterium tuberculosis. Galeno foi o primeiro grande estudioso a correlacionar a deformidade da coluna vertebral com a infecção. Em Pediatria, as infecções de coluna vertebral são incomuns e frequentemente há retardo no diagnóstico porque trata-se de uma doença crônica, com sintomas muitas vezes inespecíficos e de diagnóstico difícil por excelência, muitas vezes por condições inerentes à própria doença, podendo evoluir com sérias repercussões clínicas como deformidades ósseas, bem como lesões permanentes do sistema nervoso periférico. O objetivo deste estudo foi descrever um caso de tuberculose osteoarticular em adolescente de 14 anos, com queixa de que há quatro meses iniciou quadro de lombalgia e dificuldade para deambular, com paraparesia progressiva em membros inferiores, necessitando de cadeiras de rodas para locomoção. Teste tuberculínico forte reator, anti-HIV não reagente, cultura para BK positiva em aspirado de vértebra torácica lesada (D6), com fratura cominutiva associada a volumosa massa paravertebral com atenuação de partes moles com aspecto sugerindo espondilodiscite infecciosa com abscesso paravertebral em fuso. Iniciou tratamento com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Atualmente, paciente encontra-se sem queixas álgicas, deambulando com auxílio de muletas. Pelo fato de existir poucos casos relatados de mal de Pott na literatura, pelo seu prognóstico, bem como a dificuldade em firmar o diagnóstico de maneira precoce, impondo-se como um importante diagnóstico diferencial de outras doenças, foi o que levou à motivação para a apresentação do caso.

A Tuberculose pulmonar, em lactente jovem, diagnosticada pela avaliação de contato - Relato de caso

Pulmonary tuberculosis in young infant diagnosed by contact evaluation - case report

A Tuberculose pulmonar, em lactente jovem, diagnosticada pela avaliação de contato - Relato de caso

Carolina Zosia Garest; Igor Augusto Campos; Sergio Rodrigues Mello; Ana Paula Barbosa; Priscilla Aguiar Araújo; Selma Azevedo Sias; Claudete Araújo Cardoso; Christiane Mello Schmidt

Resid Pediatr. 2021;11(1):1-3 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n1-117

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O objetivo deste relato é enfatizar a importância da avaliação de contatos de tuberculose (TB) a fim de detectar-se casos de infecção latente pela TB (ILTB) e de TB ativa. Esse relato de caso aborda uma lactente com dois meses de idade diagnosticada com TB pulmonar, com mãe bacilífera, cujo diagnóstico de TB ocorreu na segunda semana do puerpério. A avaliação da criança permitiu o diagnóstico e o tratamento precoce de TB pulmonar, evitando a evolução para as formas mais graves da doença (TB miliar e a meningoencefalite) e suas sequelas ou desfecho clínico em óbito.

Tuberculose pulmonar confirmada em lactente: relato de caso

An infant with a confirmed diagnosis of pulmonary tuberculosis

Tuberculose pulmonar confirmada em lactente: relato de caso

Victória Maria Jardim Jardim; Juliana Dal Col Alves; Eveline de Fátima Almeida Fonseca Eduardo; Renata de Souza da Silva; Rafaela Altoé de Lima; Sabrina Cavalcanti de Barros Fonseca

Resid Pediatr. 2021;11(2):1-4 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n2-138

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A tuberculose pulmonar é uma infecção causada pelo Mycobacterium tuberculosis. O diagnóstico é realizado através da associação de dados clínico-radiológicos complementado pela identificação do bacilo sempre que possível. Tal procedimento torna-se um desafio particularmente na infância, pois diferente da forma do adulto, a doença na infância se apresenta de forma paucibacilar e ainda há a limitação de expectoração para obtenção das amostras de escarro, principalmente em crianças abaixo de cinco anos de idade. E o lavado gástrico utilizados nesta faixa etária demonstra-se pouco eficaz, uma vez que, em sua grande maioria, apresenta-se negativo na pesquisa do agente causador. O objetivo deste estudo foi descrever um caso de tuberculose pulmonar confirmada em um lactente de 5 meses de idade e discutir sobre os métodos diagnósticos disponíveis para a faixa etária pediátrica.

Desafio Diagnóstico

Diagnostic challenge

Desafio Diagnóstico

Juliana Machado de Oliveira Caldas; Victoria Orenbuch; Leonardo Rodrigues Campos; Ivete Martins Gomes; Claudete Araújo Cardoso; Katia Lino; Alessandro Severo; Clarissa Canella

Resid Pediatr. 2021;11(1):1-2 - Desafio Diagnostico - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n1-585

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Paciente feminina de 10 anos de idade, encaminhada ao ambulatório de reumatologia com história prévia de febre (39ºC), hiporexia e poliartrite de punhos, joelhos e tornozelos. Sintomas melhoravam apenas com uso de AINES. Após seis meses, paciente retornou ao ambulatório com história de sete meses de perda ponderal não aferida e artrite crônica (claudicação e rigidez matinal de 15 minutos) em tornozelos. Ao exame clínico, apresentava sinais sugestivos de artrite crônica com edema importante e tenossinovite de ambos os tornozelos. A ressonância magnética dos tornozelos demostrou artrite tibiotalar bilateral e simétrica e dos tendões extensores, flexores e fibulares. A biópsia sinovial do tornozelo direito revelou ausência de granulomas. Qual o diagnóstico mais provável?.

Estudo comparativo dos critérios para o diagnóstico da tuberculose pulmonar infantil

Comparative study of criteria for the diagnosis of pulmonary tuberculosis in childhood

Estudo comparativo dos critérios para o diagnóstico da tuberculose pulmonar infantil

Maria Eugênia de Camargo Julio; Alexandra Monteiro; Mônica de Cássia Firmida; Diego Rodrigues Tavares; Ana Josiele Ferreira Coutinho

Resid Pediatr. 2021;11(2):1-8 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n2-150

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A tuberculose pulmonar na criança é de difícil diagnóstico pela dificuldade de confirmação microbiológica, sendo o diagnóstico baseado na presença de sinais clínicos, alterações radiológicas, história de contato com adulto bacilífero e interpretação da prova tuberculínica. É através da combinação desses achados que se estabelecem os sistemas de pontuação, sendo utilizado no Brasil os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, atualizado em 2018, pois é o escore que apresenta maior número de estudos de validação com consistente sensibilidades e especificidade. Os mesmos critérios são adotados pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Para elaboração do artigo, foi realizada uma revisão não sistemática da literatura científica, através dos descritores “tuberculose”, “tuberculose pulmonar”, “tuberculose latente”, “criança” e “diagnóstico”, combinados e associados com outros, com a recuperação de resultados de interesse, durante o período de dezembro de 2017 a março de 2019. Apresenta como objetivo realizar uma revisão da literatura com foco no diagnóstico da tuberculose infantil, enfatizando a atualização nos critérios de pontuação propostos em 2018, com finalidade de ampliar o segmento desse grupo de risco. Dessa forma, diante de todas as dificuldades no diagnóstico da tuberculose pulmonar na infância, que se não tratados tornaram-se adultos bacilíferos transmissores, concluímos que o sistema de pontuação recomendado pelo Ministério da Saúde é um importante recurso para o diagnóstico de tuberculose na criança, validado e de uso factível em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS).

Neurotuberculose em vigência de tuberculose miliar em lactente: relato de caso

An infant with central nervous system tuberculosis and miliary tuberculosis

Neurotuberculose em vigência de tuberculose miliar em lactente: relato de caso

Márcia Reimol de Andrade; Cáritas Antunes Lacerda; Júlia Fernanda Costa Vicente; Joel Alves Lamounier

Resid Pediatr. 2022;12(2): - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n2-311

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INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa grave que desafia a saúde pública, no Brasil e no mundo. Sua incidência é crescente nos últimos anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). OBJETIVO: Descrever caso de neurotuberculose com evolução clínica favorável e demonstrar a importância do diagnóstico e tratamento precoces da TB. RELATO DE CASO: Lactente, sexo masculino, 3 meses em tratamento para tuberculose miliar (TM). Durante o acompanhamento ambulatorial, ocorreu elevação das enzimas hepáticas. Houve pausa do tratamento e reintrodução gradativa de rifampicina, isoniazida e pirazinamida (RIP), a cada 7 dias. Durante a suspensão do tratamento, ocorreram desvio de comissura labial e estrabismo. Internação imediata, avaliação neurológica, realização de tomografia computadorizada de crânio (TC), exames para pesquisa de imunodeficiência e prescrição de piridoxina e dexametasona. A TC revelou lesões hipodensas focais com edema do parênquima e realce anelar pelo contraste iodado venoso, compatíveis com neurotuberculose. Manutenção dos fármacos, de acordo com protocolo do Ministério da Saúde (MS), além de fisioterapia motora. Após 10 dias, recebeu alta com acompanhamento multidisciplinar. CONCLUSÃO: A neurotuberculose requer tratamento prolongado. O diagnóstico precoce e tratamento multidisciplinar foram de suma importância para a boa evolução deste paciente. Apesar da elevada incidência de TB no país, relatos como esse são escassos, podendo contribuir para disseminação de conhecimento a cerca desta doença.

Hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer em uma cidade do sul do Brasil

Intrauterine hipoxia and asphyxia at birth in a southern city of Brazil

Hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer em uma cidade do sul do Brasil

Marina Martins Borges; Lívia Maria Bereta dos Reis; Larissa Hallal Ribas

Resid Pediatr. 2022;12(3):1-4 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n3-501

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INTRODUÇÃO: Hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer corresponde à quarta causa de morte neonatal e perinatal no Brasil, esse dado reflete a qualidade da assistência fornecida nas maternidades à parturiente e ao recém-nascido por ser evitável. A asfixia perinatal é definida quando há uma interrupção na troca gasosa ou um fluxo sanguíneo inadequado, levando à hipoxemia e hipercapnia persistentes, no período que antecede o parto ou intraparto, podendo levar a lesões permanentes em diversos sistemas. OBJETIVOS: O estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico da ocorrência de hipóxia intraútero e asfixia neonatal considerando fatores maternos e fetais no munícipio de Pelotas/RS, entre os anos de 2008 a 2018. Métodos: Estudo transversal onde foi analisado dados secundários obtidos na plataforma DATASUS de prevalência de hipóxia intraútero e asfixia ao nascer em Pelotas/RS. RESULTADOS: Foi possível observar que a prevalência foi maior em recém-nascidos do sexo masculino, em partos cesáreos, ocorridos pelo sistema privado. Além disso, a mortalidade foi de 15,75%, maior na faixa etária materna entre 25 a 29 anos, em gestações únicas com duração de 37 a 41 semanas e peso ao nascer entre 1.500 e 2.499 gramas. Os óbitos ocorreram em sua grande maioria antes de ocorrer o parto. CONCLUSÃO: A hipóxia intraútero e asfixia ao nascer é importante causa de morbimortalidade perinatal evitável com prevalência em recém-nascidos pré-termo com peso inferior à 2.500 gramas. Permite avaliar a qualidade de assistência à gestante e ao recém-nascido no pré-natal e durante o parto.

Efeitos colaterais da isoniazida: relato de caso

Side effects of isoniazid: case report

Efeitos colaterais da isoniazida: relato de caso

Paula Silva Almada; Rafaela Baroni Aurilio; Maria de Fatima Pombo Sant’Anna

Resid Pediatr. 2022;12(3):1-3 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n3-334

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O tratamento da infecção latente por tuberculose (ILTB) é uma medida preventiva importante e merece interesse internacional. Embora existam outros esquemas terapêuticos para ILTB o uso de isoniazida é consagrado. O presente relato de caso é de um menino de 9 anos com asma e epilepsia que apresentou reações adversas ao uso da isoniazida prescrita como tratamento para ILTB. Depois da retirada do medicamento, que foi substituído por rifampicina, o paciente apresentou melhora clínica.

Tamponamento cardíaco na adolescência: dois casos clínicos

Cardiac tamponade in adolescence: two cases reports

Tamponamento cardíaco na adolescência: dois casos clínicos

Filipa Valadares; Maria Mendes; Eugénia Matos; Carlos Escobar; Marta Moniz; Clara Abadesso; Pedro Nunes

Resid Pediatr. 2022;12(2): - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n2-284

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O tamponamento cardíaco é uma emergência médica, sendo a complicação mais grave de derrame pericárdico. Os autores descrevem dois casos na adolescência com diferentes etiologias. Sexo feminino, 17 anos, recorre ao serviço de urgência (SU) por poliartralgias, toracalgia, ortopneia e cansaço. À observação: febril, taquicárdica, apagamento de sons cardíacos, diminuição de murmúrio vesicular nas bases e edema das tibiotársicas. Radiografia de tórax: cardiomegalia e infiltrado intersticial bilateral; eletrocardiograma (ECG): supradesnivelamento ST; Ecocardiograma: derrame pericárdico volumoso (“swinging heart”). Realizada pericardiocentese, sem alterações de relevo no líquido pericárdico. Iniciou terapêutica com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), ácido acetilsalicílico (AAS) e colchicina. Investigação etiológica com diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico (LES). Iniciou terapêutica dirigida com melhoria. Sexo masculino, 16 anos com doença de Crohn sob azatioprina e adalimumab. Recorre ao SU por febre, tosse e toracalgia, encontrando-se medicado há três dias com amoxicilina-ácido clavulânico por pneumonia. À observação: queixoso, taquicárdico, diminuição dos sons cardíacos, diminuição do murmúrio vesicular à direita, abdômen doloroso à palpação. Ecografia toracoabdominal: derrame pleural, hepatomegalia, nódulos esplênicos, adenopatias no tronco celíaco. Após 72h de internamento sob antibioterapia tripla, agravamento pelo que fez TC toracoabdominal: derrame pericárdico e pleural, adenomegalias mediastínicas, hepatoesplenomegalia e lesões esplênicas. Ecocardiograma: derrame pericárdico com colapso das cavidades direitas. Realizada pericardiocentese, líquido pericárdico: adenosina deaminase (ADA) 53U/L. Após confirmação de tuberculose iniciou antibacilares e corticoterapia com melhoria. A suspeição clínica é fundamental para uma rápida intervenção terapêutica, sendo o ecocardiograma o exame diagnóstico de eleição.

Tuberculose perinatal: um diagnóstico a ser considerado

Perinatal Tuberculosis: a diagnosis to be considered

Tuberculose perinatal: um diagnóstico a ser considerado

Layla Luiza Silveira; Williane Coelho de Figueiredo Fernandes; Allyne Coelho Marques Monteiro; Livia Rocha do Valle; Amanda Rodrigues Soares; Daniela Silveira Barbosa; Deborah Marciano Rodrigues; Isabel Mendes Lima; Larisse Bragança Ribeiro Leal; Luiza Horst Neto; Pollyanna Rafaela de Sena Resende

Resid Pediatr. 2023;13(2): - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n2-540

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INTRODUÇÃO: A Tuberculose (TB) Perinatal é uma doença rara, transmitida na gestação ou período pós-natal. Apresenta clínica semelhante à infecção congênita e sepse neonatal, dessa forma, permanece subestimada e subdiagnosticada. RELATO DE CASO: Recém-nascido (RN), 34 semanas, nascido via vaginal, feminino, pré-natal sem intercorrências. Internado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), requereu suporte ventilatório e antibioticoterapia para sepse neonatal presumida. Durante a evolução, iniciou-se terapia para suspeita de sepse fúngica, e, após 48h, RN exibiu quadro de otite média bilateral e otomastoidite. Nessa ocasião, a genitora foi internada e diagnosticada com tuberculose miliar. Destarte, RN foi submetido a tratamento para infecção latente TB com rifampicina e realizou-se exérese de linfonodos para teste rápido molecular (TRM-Ultra) e cultura. Devido ao TRM-Ultra positivo, substitui-se esquema para tratamento de TB Perinatal presumida com rifampicina, isoniazida e pirazinamida. Paciente evoluiu favoravelmente e posterior resultado de cultura evidenciou Mycobacterium tuberculosis. DISCUSSÃO: A forma congênita da TB Perinatal é transmitida intraútero, por mães com TB grave e/ou genital, enquanto a pós-natal ocorre pelo contato do RN com indivíduo bacilífero após o nascimento. O diagnóstico, assim como a diferenciação entre as duas formas, é dificultado pelas manifestações clínicas inespecíficas. CONCLUSÃO: Este caso demonstra a importância de considerar a TB perinatal em casos de sintomatologia inespecífica não responsiva à antibioticoterapia convencional. Apesar da incerteza quanto ao momento da infecção, além de diagnóstico e tratamento tardios, a paciente obteve desfecho clínico satisfatório.

Avaliação de tuberculose latente em adolescentes e adultos jovens vivendo com o vírus da imunodeficiência humana em um serviço de referência no Brasil

Evaluation of latent tuberculosis infection in adolescents and young adults living with human immunodeficiency virus in a reference clinic in Brazil

Avaliação de tuberculose latente em adolescentes e adultos jovens vivendo com o vírus da imunodeficiência humana em um serviço de referência no Brasil

Fernanda Maia Brustoloni; Fabiana Bononi do Carmo; Aida de Fátima Thomé Barbosa Gouvêa; Regina Célia de Menezes Succi; Daisy Maria Machado

Resid Pediatr. 2023;13(2): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n2-749

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Para evitara ocorrência detuberculoseativa em pessoas vivendo com o HIV (PVHIV) queapresentam infecção latenteportuberculose (ILTB), as indicações terapêuticas para essa população foram ampliadas no Brasil em 2018,recomendando-se tratamento para aqueles com contagem de linfócitos T CD4 menor ou igual a 350 células/mm3, independente do resultado do teste tuberculínico (TT). Para avaliar a aplicação prática dessa recomendação, objetivou-se determinar a prevalência da ILTB em PVHIV. 99 adolescentes e adultos jovens vivendo com o HIV acompanhados em um serviço de referência foram avaliados para a ocorrência de ILTB com aplicação do TT e contagem decélulas TCD4. A prevalência de ILTB foi estimada em 7,1% baseada no resultado do TT e a de pacientes com contagem de linfócitos CD4 menor ou igual a 350 células/mm3, que deveriam ser tratados, foi 18%, confirmando que a detecção de pacientes com linfócitos TCD4 menor ou igual a 350 células/mm3 efetivamente amplia a indicação de tratamento da ILTB. No entanto, apenas 4 (22,2%) dos 18 pacientes identificados pela contagem decélulas TCD4 aderiram à terapêutica proposta,evidenciando quea adesão ao tratamento da ILTB por adolescentes e adultos jovens vivendo com o HIV é um desafio na prática clínica. A rebeldia inerente a essa população, o não comparecimento às consultas, a recusa na utilização de mais uma droga além da terapia antirretroviral foram alguns dos motivos responsáveis pela baixa adesão ao tratamento.

Manifestações raras de apresentação de tuberculose em crianças: série de casos

Rare manifestations of tuberculosis in children: a case series

Manifestações raras de apresentação de tuberculose em crianças: série de casos

Halana Salles Amorim Tavares Sias; Yoana Palatianos de Araújo; Fernanda Pinheiro Barra; Caio Pluvier Duarte Costa; Selma Azevedo Sias; Clemax Couto Sant'anna; Christiane Mello Schmidt; Claudete Araújo Cardoso

Resid Pediatr. 2023;13(3): - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n3-598

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Tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa que impõe um desafio na prática pediátrica, uma vez que crianças podem apresentar manifestações raras, o que dificulta o seu diagnóstico. São apresentados cinco casos de manifestações pouco comuns de TB em crianças vacinadas com BCG ao nascer e sem história de contato prévio com adulto bacilífero. Ressalta-se a dificuldade e a importância da suspeição diagnóstica da TB em quadros raros da doença em crianças.

Análise epidemiológica de pacientes com infecção latente tuberculosa atendidos em hospital pediátrico terciário de Florianópolis

Epidemiological analysis of patients with latent tuberculosis infection treated at a tertiary pediatric hospital in Florianópolis

Análise epidemiológica de pacientes com infecção latente tuberculosa atendidos em hospital pediátrico terciário de Florianópolis

Laís Dadan Perini; Aroldo Prohmann de Carvalho; Marcos Paulo Guchert; Rodrigo Vasconcelos Marzola; Sonia Maria de Faria; Emanuela da Rocha Carvalho

Resid Pediatr. 2023;13(3): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n3-813

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OBJETIVO: Análise clínica e epidemiológica de pacientes pediátricos com ILTB. MÉTODO: Pesquisa observacional, descritiva, analítica e retrospectiva, com coleta de dados de prontuário de pacientes com suspeita de ILTB atendidos em um hospital pediátrico terciário de Florianópolis de janeiro de 2011 até maio de 2020. RESULTADOS: Dos 203 prontuários analisados, totalizaram-se 112 pacientes confirmados com ILTB. O caso-fonte predominante foi a mãe, e o contágio intradomiciliar foi predominante. O tempo de início de tratamento do caso-fonte até o diagnóstico da ILTB na criança foi inferior a 6 meses em 87% dos casos. Em 60% dos casos foi realizada a investigação dos demais contatos do caso fonte. Em relação ao tratamento, 84% receberam isoniazida e 15% receberam rifampicina, 2 pacientes apresentaram evento adverso à isoniazida. A frequência das consultas foi mensal em 51% dos casos. A análise da completude demonstrou que 50% terminaram o tratamento. CONCLUSÕES: Constatou-se presença da ILTB em mais da metade dos pacientes investigados, podendo se tratar de mais casos ao considerar a perda de seguimento dos casos em análise inicial. Aproximadamente 10% apresentaram conversão tuberculínica. A transmissão intradomiciliar foi a predominante, e o caso-fonte principal foi a mãe. A investigação dos pacientes foi realizada precocemente, porém, em mais de um terço dos prontuários, não havia descrição de investigação dos demais contatos domiciliares. Metade dos pacientes perderam o seguimento ao longo do tratamento. A terapêutica utilizada foi segura e a análise socioeconômica foi prejudicada por não constarem dados no prontuário.

Barreiras e facilitadores da adesão ao tratamento de tuberculose em crianças e adolescentes

Barriers and facilitators of adherence to tuberculosis treatment in children and adolescents

Barreiras e facilitadores da adesão ao tratamento de tuberculose em crianças e adolescentes

Marina Mariano Rodrigues Santos; Bruna Villela Martins Costa; Maria Clara Bomfim Rodrigues; Claudete Araújo Cardoso

Resid Pediatr. 2024;14(1):1-8 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n1-1021

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INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB), doença infectocontagiosa, demanda tratamento prolongado e, usualmente, acomete pacientes socialmente vulneráveis, o que aumenta o risco de abandono durante seu curso. Crianças e adolescentes são susceptíveis a essa infecção, necessitando de tratamento adequado para um desfecho clínico favorável. Sabe-se que a adesão ao tratamento da TB é o principal obstáculo para a cura da doença, sendo importante conhecer fatores que influenciam essa adesão. O objetivo desta revisão é analisar os fatores que interferem na adesão ao tratamento da TB em crianças e adolescentes. METODOLOGIA: Trata-se de revisão sistemática de literatura realizada pela pesquisa dos descritores Tuberculosis (OR Tuberculoses) AND Adherence (OR Adhesion) nas bases de dados PubMed, SciELO e LILACS. Foram incluídos artigos que tratavam da adesão de crianças e adolescentes ao tratamento de TB. Excluíram-se os duplicados. A seleção dos artigos para revisão foi realizada nas seguintes etapas: análise de títulos, leitura dos resumos e dos artigos na íntegra. Ao final da seleção, 28 artigos foram revisados. RESULTADOS: As principais barreiras à adesão ao tratamento de TB foram: tempo prolongado de tratamento, efeitos adversos, desconhecimento dos cuidadores em relação à doença e à infecção latente e aspectos socioeconômicos. Os principais facilitadores foram: tratamento mais curto, diretamente observado, suporte financeiro e aconselhamento dos pacientes e cuidadores. A coinfecção HIV-TB pode aumentar a adesão pela rotina de ingestão de medicamentos, ou diminuir, pelo aumento dos efeitos adversos. CONCLUSÃO: Conhecer facilitadores e barreiras à adesão permite direcionar esforços necessários à promoção de melhor resposta ao tratamento da TB.

Tuberculose pulmonar e estado nutricional: estudo seccional com crianças e adolescentes

Pulmonary tuberculosis and nutritional status: sectional study with children and adolescents

Tuberculose pulmonar e estado nutricional: estudo seccional com crianças e adolescentes

Guilherme Homem de Carvalho Zonis; Mariara Lopes da Costa Marques; Catharina Matos de Oliveira; André Maruo Palis; Pedro Silvestre de Andrade; Ana Alice Amaral Ibiapina Parente; Rafaela Baroni Aurilio; Clemax Couto Sant Anna

Resid Pediatr. 2024;14(3): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n3-968

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INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) pode levar à desnutrição, bem como esta pode predispor a TB. Este trabalho visa analisar o estado nutricional, achados clínico-radiológicos e testes realizados por crianças e adolescentes com TB pulmonar (TP). METODOLOGIA: estudo seccional, envolvendo três hospitais do Rio de Janeiro, de outubro de 2014 a outubro de 2019. Foram incluídos: crianças e adolescentes com TP. As variáveis estudadas foram: idade, sexo, febre, emagrecimento, estado nutricional, BAAR, cultura para Mycobacterium tuberculosis, teste Gene Xpert TB-RIF. Para a comparação entre crianças e adolescentes e eutróficos e desnutridos, foi utilizado o teste Qui-quadrado (significância estatística o p-valor<0,05) RESULTADOS: Quarenta e nove pacientes foram incluídos no estudo. Das crianças eutróficas, 88,9% apresentaram febre, 38,9% emagrecimento e 27,8% Xpert detectável. Das desnutridas, 100% manifestaram febre, 50% emagrecimento e 50% Xpert detectável. Nos eutróficos e desnutridos, o padrão radiológico miliar ocorreu em 5,6% e 75% (p<0,01); a cultura foi positiva em 35,3% e em 50%, respectivamente. Adolescentes eutróficos apresentaram febre em 58,8% casos e Xpert detectável em 41,2%. Dos desnutridos, havia febre em 90% e Xpert detectável em 70%. A cultura foi positiva em 31,2% eutróficos e, 70% desnutridos (p=0,05). O padrão radiológico miliar ocorreu em 17,6% eutróficos e 10% desnutridos. O emagrecimento ocorreu em 35,3% eutróficos e 100% desnutridos (p<0,01). CONCLUSÃO: Em crianças e adolescentes desnutridos, supostamente mais graves, há maior positividade do GeneXpert e da cultura, sendo o padrão miliar mais frequente em crianças desnutridas e adolescentes eutróficos.

Neurotuberculose na infância: um relato de caso

Neurotuberculosis in childhood: a case report

Neurotuberculose na infância: um relato de caso

Paula Pozzolo Ogeda; Rafaela Santos Tedesco; Caroline Iwasaki Cavalli; Victoria Prochmann Piasecki; Thiago Prochmann Piasecki; Luiza Dal Berto; Victor Horácio de Souza Costa Júnior

Resid Pediatr. 2024;14(3): - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n3-1135

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OBJETIVO: Relatar o caso de um paciente pediátrico com diagnóstico de neurotuberculose, uma forma rara de manifestação da doença, relacionando-o com a literatura. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 10 meses, com quadro de tosse crônica e febre, linfonodomegalia cervical, além de paresia de dimídio direito e crises convulsivas. Relatado contato domiciliar com portador de tuberculose pulmonar tratado inadequadamente. Realizada prova tuberculínica para triagem, com resultado negativo. A análise do liquor evidenciou teste rápido negativo para Mycobacterium tuberculosis, hipoglicorraquia, aumento das proteínas e da celularidade à custa de linfócitos, com bacterioscopia negativa. A associação dos achados da tomografia computadorizada e ressonância magnética de crânio com os dados clínicos indicou a possibilidade de neurotuberculose com vasculite complicada e infarto cerebral. A confirmação diagnóstica foi possível após uma semana de internamento, com o resultado positivo do teste rápido molecular para Mycobacterium tuberculosis em amostra de lavado gástrico. Optou-se pelo início do esquema de tratamento com rifampicina 15mg/Kg, isoniazida 10mg/Kg, pirazinamida 35mg/Kg e dexametasona 0,3mg/Kg. Após 20 dias, o paciente se encontrava em bom estado geral e recebeu alta para seguimento ambulatorial. CONCLUSÃO: A neurotuberculose é uma apresentação clínica rara e desafiadora na prática pediátrica. O diagnóstico rápido e o manejo precoce impactam diretamente na morbimortalidade da criança, devendo ser considerada como diagnóstico diferencial em quadros neurológicos variados.

Dissociação clinicorradiológica em lactente com tuberculose pulmonar: relato de caso

Clinical radiological dissociation in an infant with pulmonary tuberculosis: case report

Dissociação clinicorradiológica em lactente com tuberculose pulmonar: relato de caso

Débora Elisabeth Sales Vieira; Rafael José Souza Filho; Rebecca da Silva Sales Vieira; Ana Carolina Gonçalves Galeano Arco; Juliènne Martins Araújo; Clarissa Netto dos Reys Laia Franco Prillwitz; Christiane Mello Schmidt; Claudete Araújo Cardoso

Resid Pediatr. 2024;14(3): - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n3-1151

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A tuberculose (TB) pulmonar é uma doença infectocontagiosa prevenível e tratável, causada pelo Mycobacterium tuberculosis (Mtb). A infecção se dá pela inalação de gotículas expelidas pelo indivíduo apresentando a doença ativa. Tal qual em adultos, TB em crianças tem acometimento predominantemente pulmonar, e geralmente apresentam sinais e sintomas inespecíficos como febre, tosse, perda de peso e ausência de ganho ponderal. O diagnóstico etiológico é difícil devido ao reduzido número de bacilos nas lesões. Este é o caso de uma lactente de cinco meses, feminina, previamente hígida, com quadro de tosse persistente há três meses, com sibilância e inapetência, porém afebril. A radiografia de tórax evidenciou extensa consolidação pulmonar comprometendo todo o hemitórax direito. Durante a internação a paciente não apresentou melhora do aspecto radiológico apesar do uso de antibióticos de amplo espectro. O diagnóstico de infecção por Mtb foi confirmado através do teste molecular Xpert Ultra MTB-RIF® do lavado broncoalveolar. Iniciado tratamento para TB, recebendo alta hospitalar para completar o tratamento com rifampicina-isoniazida-pirazinamida (RIP) por meio de acompanhamento ambulatorial, com bom desfecho clínico. Devido às particularidades da TB pediátrica, destacando-se os sinais e sintomas inespecíficos e as lesões paucibacilares, deve-se estar atento a esse diagnóstico, especialmente na presença de dissociação clinicorradiológica.