ISSN-Online: 2236-6814

https://doi.org/10.25060/residpediatr

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1 a 30 De (E-mail) 192 resultado(s) para: criança; ecocardiografia; persistencia do canal arterial

Inflamação nas vias aéreas em crianças e adolescentes com asma

Airway inflammation in childhood asthma

Inflamação nas vias aéreas em crianças e adolescentes com asma

Silvia de Sousa Campos Fernandes; Cássio da Cunha Ibiapina; Laura Maria de Lima Belisário Facury Lasmar; Cristina Gonçalves Alvim; Cláudia Ribeiro de Andrade; Isabela Furtado de Mendonça Picinin; Natalia Silva Champs

Resid Pediatr. 2011;1(1):16-9 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2011.v1n1-04

Resumo PDF Português
Objetivo: Revisar a literatura sobre métodos que avaliem a inflamação nas vias aéreas em crianças com asma. Métodos: Pesquisa não sistemática realizada nas bases Medline e LILACS, nos últimos 20 anos, usando os descritores asthma, childhood, nitric oxide, inflammation, induced sputum, exhaled breath condensate e CT scan. Resultados: Os métodos compreendem os marcadores inflamatórios verificados no escarro induzido, como interleucinas, proteína catiônica eosinofílica, RANTES, o condensado do ar expirado, a fração exalada do óxido nítrico (FeNO) e a tomografia computadorizada de tórax. A tomografia permite avaliar o espessamento nas vias aéreas de grande e pequeno calibre, os marcadores inflamatórios do escarro induzido estão elevados na asma bem como aqueles do condensado do ar exalado. Níveis elevados do FeNO correlacionam-se com eosinófilos no escarro, hiperresponsividade brônquica e piora do controle da asma. Sua utilidade no manejo da asma tem sido extensamente investigada. Conclusões: A incorporação dos marcadores inflamatórios não invasivos na prática clínica talvez possa contribuir para um melhor controle da asma e, consequentemente, reduzir sua elevada e desnecessária morbidade.

Utilização do ecocardiograma no diagnóstico de persistência de canal arterial na Maternidade Escola da UFRJ

Use of echocardiography in the diagnosis of persistent ductus arteriosus in Maternidade Escola, Rio de Janeiro, Brazil

Utilização do ecocardiograma no diagnóstico de persistência de canal arterial na Maternidade Escola da UFRJ

Cileyda Curty; Maura Castilho

Resid Pediatr. 2011;1(2):15-18 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2011.v1n2-03

Resumo PDF Português
Introdução: A persistência do canal arterial (PCA) pode ser um agravo às condições clínicas do prognóstico dos recém-nascidos pré-termo (RN-PT) acarretando aumento da necessidade ventilatória e quadro de insuficiência cardíaca, além de outras complicações. Métodos: Estudo descritivo transversal de 236 exames ecocardiográficos no período de abril de 2008 a junho de 2009. Foi estudado: tempo de vida do recém-nascido, idade gestacional, peso de nascimento, diagnóstico obtido no momento do exame, com ênfase na ocorrência de PCA em RN-PT e a importância do diagnóstico e tratamento precoces. Resultados: 45% dos exames realizados foram em menores de 1500g. A frequência de PCA foi de 58,3% dos RN com menos de 1000g; 15% com peso entre 1000-1499g e 3% com peso entre 1500-1750g. Conclusões: A prevalência de PCA foi de 33%. Esta prevalência foi mais evidente nos RN com peso ao nascer menor do que 1.000g e naqueles com idade gestacional menor do que 30 semanas (68%).

A bioética pediátrica e a autonomia da criança

Pediatric Bioethics and child's autonomy

A bioética pediátrica e a autonomia da criança

Isabel Rey Madeira

Resid Pediatr. 2011;1(Supl.1):10-14 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2011.v1s1-03

Resumo PDF Português
O objetivo deste trabalho foi rever a literatura sobre a bioética e a autonomia da criança. Foi realizada busca eletrônica na base de dados PubMed/MEDLINE e consultados alguns livros sobre o tema. A aplicação da bioética ao campo da pediatria é um assunto atual, e com particularidades específicas inerentes à faixa etária pediátrica, principalmente no que se refere ao princípio do respeito à autonomia, na maioria das vezes exercida pelo de proxy consent, pelos pais das crianças. Cabe ao pediatra a responsabilidade de assegurar a beneficência para seu paciente. A tomada de decisão deve ser conjunta, respeitando os valores da família e os princípios da bioética, e, ao mesmo tempo, entendendo o paciente pediátrico enquanto ser moral em desenvolvimento.

Rol del pediatra en evitar el tabaquismo en adolescentes y niños

Role of the pediatrician in preventing smoking in adolescents and children

Rol del pediatra en evitar el tabaquismo en adolescentes y niños

Leonardo Véjar Mourgués

Resid Pediatr. 2011;1(Supl.1):15-19 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2011.v1s1-04

Resumo PDF Português
En Chile un 34% de los niños de enseñanza media egresan fumando y en Brasil alrededor de 15%. Brasil, está en un momento evolutivo en que las tasas en escolares sin ser bajas, pueden ascender. Por eso, debe haber preocupación de los pediatras brasileños en esta nueva problemática. El tabaquismo es una enfermedad pediátrica, porque casi todas las personas se inician en el consumo de cigarrillos siendo jóvenes o niños. El inicio del consumo se debe a la publicidad directa o indirecta de la industria y a la imitación que los jóvenes hacen de sus padres, de sus ídolos juveniles, de los profesores y los funcionarios de la salud que fuman. Las campañas desarrolladas en las escuelas y que sólo consisten en aspectos informativos han fracasado. Han dado resultado campañas multi componentes que consideran prohibir el consumo en los colegios, estimular el cese de fumar a profesores y apoderados, campañas de concursos escolares, subir el precio de los cigarrillos y controlar la publicidad directa e indirecta. Por lo anterior, si el médico quiere ayudar a evitar el inicio del tabaquismo en los jóvenes debe desarrollar acciones en forma amplia y no aislada ¿Cuáles serían las tareas a desarrollar? La primera, el médico, especialmente el de niños, no debe fumar por su rol modélico y para que las acciones de salud que va a realizar sean creíbles. La segunda tarea es ayudar al equipo de colaboradores a dejar de fumar. La tercera con relación a los pacientes pediátricos y a sus padres, es preguntar siempre y en toda consulta si fuman o no y si lo hacen, aconsejar la cesación en forma clara, enérgica y fundamentada. Además, ofrecer ayuda para hacerlo. La cuarta tarea, es ampliar el espectro a dar apoyo a los profesores de los colegios y universidades, para orientar la formación de los alumnos especialmente de carreras de la salud y de paso, ayudar a los profesores a dejar de fumar. La quinta apoyar a los políticos para modificar las leyes y desarrollar medidas que desalienten el ingreso de los jóvenes al consumo, tales como, control de la publicidad abierta y encubierta, subir los precios de productos del tabaco y crear ambientes libres de humo. Por último, el pediatra debe estar atento a los indicadores epidemiológicos del consumo de tabaco en la juventud y sus cambios con relación a las medidas de control.

A Saúde ambiental e a criança urbana

The environmental Health and urban children

A Saúde ambiental e a criança urbana

Eliane Cesário Maluf

Resid Pediatr. 2011;1(Supl.1):40-44 - Artigo de Revisao - DOI: 10.25060/residpediatr-2011.v1s1-11

Resumo PDF Português
Este artigo aborda alguns aspectos do meio ambiente que influenciam negativamente o desenvolvimento infantil. Chama a atenção para a vulnerabilidade das crianças às agressões ambientais, favorecida por suas características fisiológicas peculiares. Ressalta, ainda, o papel relevante do pediatra em lidar com as questões biopsicossociais e ambientais para uma compreensão mais abrangente do processo saúde-doença.

Tuberculose perinatal: Relato de Caso e Revisão da Literatura

Perinatal tuberculosis: Case Report and Literature Review

Tuberculose perinatal: Relato de Caso e Revisão da Literatura

Ana Flávia Malheiros Torbey; Cristiane Harumi Bazhuni Tsuge; Bernardo Alencar Siebra; Úlian A. G. Oliveira; Amanda S. Fonte; Lívia C. Barros; Claudete Aparecida Araujo Cardoso

Resid Pediatr. 2013;3(1):21-24 - Relato de Caso

Resumo PDF Português
OBJETIVO: Destacar as dificuldades de diagnóstico de tuberculose perinatal e ressaltar que a tuberculose materna não tratada adequadamente leva a um risco aumentado da forma perinatal da doença. DESCRIÇÃO: Relatamos o caso de lactente de sete meses de idade que apresentou tosse seca, adenopatia, calcificações hepáticas na ultrassonografia abdominal, áreas de consolidações em vidro fosco na tomografia computadorizada de tórax e biópsia de linfonodo inguinal com inflamação crônica e necrose liquefativa, com isolamento de Mycobacterium tuberculosis. A mãe recebeu diagnóstico presuntivo de tuberculose dois meses antes da gestação, sem tratamento adequado, faleceu um mês após o parto e era a única fonte potencial de infecção identificada. O tratamento da criança com tuberculostáticos foi utilizado, com melhora clínica. COMENTÁRIOS: A tuberculose é prevalente no Brasil e seu diagnóstico deve ser considerado durante a gestação e infância; desta forma, pode ser diagnosticada e tratada adequadamente, reduzindo a morbimortalidade da população afetada.

Pneumonia adquirida na comunidade na infância e imunizações

Community - acquired pneumonia in childhood and immunizations

Pneumonia adquirida na comunidade na infância e imunizações

Rafaela Baroni Aurilio

Resid Pediatr. 2013;3(3):59-66 - Artigo de Revisao

Resumo PDF Português
A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) ainda é um problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento, onde sua incidência, nos menores de 5 anos, é cerca de 0,29 episódios/ano, o que equivale a 150,7 milhões de casos novos, e continua sendo a principal causa de óbito entre as infecções respiratórias agudas (IRA), na infância. Alguns dos seus agentes etiológicos são passíveis de prevenção, por meio de imunização passiva e ativa, como vírus influenza e vírus sincicial respiratório (VSR), e bactérias como Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae. O presente artigo se destina à atualização sobre as formas de imunizações contra VSR, influenza, e Streptococcus pneumoniae. A incorporação destas imunizações, de forma rotineira, de acordo com a faixa etária e/ou doença de base, é capaz de reduzir a taxa de internação e mortalidade por PAC.

Nutrição enteral em pediatria

Pediatric enteral nutrition

Nutrição enteral em pediatria

Vanessa Pacini Inaba Fernandes; Alexandre Lima; Antonio Aurélio Euzébio Junior; Roberto Nogueira

Resid Pediatr. 2013;3(3):67-75 - Artigo de Revisao

Resumo PDF Português
OBJETIVO: A nutrição enteral é bastante utilizada em crianças, porém, poucas são as revisões sobre o assunto. É indicada em muitas situações específicas, podendo ter início no período neonatal, e sua indicação adequada e aplicabilidade correta podem proporcionar melhora do estado nutricional da criança e evitar complicações. MÉTODO: Foi realizada uma pesquisa no PubMed do período de 1983 a 2007, sendo utilizadas as palavras chave "nutrição enteral" e "infância". Os artigos foram selecionados pela maior relevância clínica e maior adequação à qualidade geral do artigo. RESULTADOS: As principais indicações de dieta enteral são risco de aspiração pulmonar, prematuridade e oferta oral insuficiente para cobrir as necessidades da criança. As contraindicações absolutas de nutrição enteral são obstrução intestinal e instabilidade hemodinâmica. As sondas de curta duração (< 6 semanas) mais adequadas são de silicone ou poliuretano e geralmente passadas por via nasogástrica, sendo que o posicionamento da sonda deve ser confirmado por radiografia. Atualmente, há preferência para as dietas industrializadas, com menor risco de contaminação microbiológica. As fórmulas lácteas e dietas enterais possíveis serão discutidas no artigo, sempre considerando o leite materno no primeiro ano de vida e observando as necessidades de macro e micronutrientes para cada faixa etária. CONCLUSÃO: Esse artigo é uma revisão sucinta da literatura com intuito de expor ao pediatra os pontos relevantes necessários para a indicação de nutrição enteral, a seleção do tipo e localização de sonda, do tipo de dieta mais adequado para cada faixa etária e do modo de infusão da dieta.

Um paciente de cabelos prateados - qual o seu diagnóstico?

A silver hairs patient - What is the diagnostic?

Um paciente de cabelos prateados - qual o seu diagnóstico?

Ana Paula do Carmo; Mauro Cesar Dufrayer; José Marcos Cunha; Alice Azevedo; Mariana de Sá Mader, Bianca de Angelis Souto; Mariana Queiroz Gomes; Jaqueline Elaine Fernandes; Ana Carolina Botelho de Barros, Maraisa Fachini Spada

Resid Pediatr. 2013;3(3):90-94 - Caso Clínico Interativo

Resumo PDF Português
Lactente de 3 meses de idade, com história de febre persistente há 7 dias, sem outras queixas. Ao exame físico, apresentava bom estado geral, palidez, olhos avermelhados, cabelos acinzentados, petéquias, equimoses difusas, hepatoesplenomegalia. Os exames laboratoriais evidenciaram anemia, leucopenia com neutropenia e hipofibrinogenemia. Iniciada antibioticoterapia empírica com cefepima. Confirmado o diagnóstico após avaliação de exame complementar. A associação de síndrome linfoma-like permaneceu como uma das hipóteses. Optou-se por iniciar profilaxia de infecções secundárias e quimioterapia com acompanhamento ambulatorial da paciente.

Psoríase e artrite psoriásica na infância

Psoriasis and psoriatic arthritis in childhood

Psoríasis y artritis psoriásica en la infancia

Milson Brasileiro de Oliveira Gomes; Francisco Martins Formiga; Marcos Martins Soares Júnior; Carla Cristina Braga Maranhão; Juliana Dias Pereira de Sousa; Esther Bastos Palitot

Resid Pediatr. 2014;4(2):76-79 - Relato de Caso

Resumo PDF Português PDF Español
A psoríase vulgar representa uma dermatose subdiagnosticada, correspondendo a cerca de 4% das dermatoses observadas em pacientes menores de 16 anos. A idade de início pode caracterizar o quadro. Tipo I caracteriza-se por aparecimento antes dos 40 anos, tendência a se tornar generalizada, grave e resistente ao tratamento. O tipo II é de início tardio, surge após os 40 anos, raramente há história familiar e o curso clínico é benigno. A psoríase caracteriza-se por placas eritemato-escamosas, bem delimitadas, ocasionalmente pruriginosas, em áreas de trauma. A artrite psoriásica apresenta cinco tipos de acometimento: poliartrite simétrica, mono/oligoartrite assimétrica, interfalangeana distal, forma axial e a forma mutilante. Paciente de 10 anos de idade, desde os 5 anos refere surgimento de lesões eritemato-escamosas em região palmo-plantar. Iniciou-se o tratamento com metotrexato, porém, não houve resposta terapêutica. O paciente evoluiu sem resposta satisfatória do quadro cutâneo e com surgimento de artropatia psoriásica. Iniciou-se o uso de etanercept, apresentando melhora e controle das lesões cutâneas e sintomas artropáticos após oito semanas de uso. A psoríase é pouco relatada em crianças. Estima-se que um terço dos casos podem ter início antes dos 16 anos de idade e, em cerca de 25% das crianças, ocorre antes dos 2 anos de idade. A psoríase é uma doença estigmatizante, contudo, o acompanhamento multiprofissional e integrado é elemento-chave para obtenção de uma melhoria. Torna-se essencial desmistificar a psoríase, possibilitando que a informação venha a abolir o preconceito e o desconhecimento como importantes agravantes da doença, possibilitando o retorno do paciente ao convívio social.

Síndrome de Gianotti Crosti: Relato de caso

Gianotti Crosti syndrome: Case report

Síndrome de Gianotti Crosti: Relato de caso

Jéssica Sari; Tatiana Kurtz; Alice Hoerbe; Camila Bock Silveira; Luísa Assoni Santin; Camila Voos

Resid Pediatr. 2015;5(1):30-32 - Relato de Caso - DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2015.v5n1-07

Resumo PDF Português PDF Español
A Síndrome de Gianotti Crosti é uma doença rara e autolimitada. É caracterizada por erupção papular simétrica, com uma distribuição acral (face, região glútea e nas extremidades), com predomínio em crianças de dois a seis anos de idade. O caso trata de N. R. B. L., sexo feminino, 8 meses, peso 8kg, nascida de parto vaginal, à termo, sem intercorrências. As lesões iniciaram-se na face e distribuíram-se para tronco e membros inferiores. Caracterizavam-se por pápulas, com posterior formação de crostas pela coçadura. O diagnóstico desta dermatite é clínico. Exames laboratoriais foram solicitados para ajudar a descartar outras causas, detectar uma infecção viral que pode ter sido o fator desencadeante da dermatite e elucidar melhor o diagnóstico final.

Estenose subglótica adquirida em recém-nascido sem fatores de risco tratados por laringoplastia: relato de caso

Balloon laryngoplasty for acquired subglottic stenosis in newborns with no risk factors: case report

Estenosis Subglótica Adquirida en recién nacido sin factores de riesgo tratado por Laringoplastía

Germana Jardim Marquez; Andre Rezek Rodrigues; Mikhael Romanholo El Cheikh; Paula Pires Souza; Marcus Cavalcante Oliveira Araújo; Melissa Ameloti Gomes Avelino

Resid Pediatr. 2015;5(3):139-141 - Relato de Caso

Resumo PDF Português PDF Español
A estenose subglótica (ESG) adquirida é um estreitamento da endolaringe e uma das causas mais comuns de estridor e desconforto respiratório em crianças. Em crianças, a subglote representa o ponto mais estreito da via aérea, o que torna essa região mais propensa a estenoses. OBJETIVO: Relatar dois casos de estenose subglótica adquirida aguda em recém-nascidos sem fatores de riscos importantes que justificassem o desenvolvimento da mesma e que evoluíram bem após laringoplastia com balão. CONCLUSÃO: A laringoplastia com balão deve ser considerada como primeira linha de tratamento nas estenoses subglóticas tanto agudas como crônicas, sendo que nos casos agudos o sucesso chega a 100%, evitando-se a realização de traqueostomias.

Ética em pesquisa em crianças e adolescentes

Ethics research among children and adolescents

Ética em pesquisa em crianças e adolescentes

Rosana Alves

Resid Pediatr. 2016;6(Supl.1):55-58 - Artigo de Revisao - DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2016.v6s1-11

Resumo PDF English PDF Português
Esta revisão propõe apresentar breve histórico da evolução da ética em pesquisa com participação de crianças, com posterior discussão sobre a legislação brasileira que trata do assunto. Aponta fragilidades na atuação de profissionais de saúde, consequente à formação profissional deficiente na área de humanidades e aponta necessidades para melhor entendimento sobre pesquisa em crianças e adolescentes.

Urticária aguda como manifestação de infecções virais na infância

Acute urticaria as a manifestation of viral infections in childhood

Urticaria aguda como manifestación de infecciones virales en la infancia

Bruna Piassi Guaitolini; Priscilla Filippo Alvim de Minas Santos; Gabriela Dias; Denise Pedrazzi; Eduardo Costa

Resid Pediatr. 2017;7(2):69-72 - Artigo Original - DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2017.v7n2-04

Resumo PDF English PDF Português PDF Español
OBJETIVO: Relatar série de casos de urticária aguda associada a infecções virais. MATERIAL E MÉTODOS: Relato de série de casos de crianças com diagnóstico de urticária aguda associada a infecções virais e revisão da literatura. RESULTADOS: Foram avaliados sete pacientes, sendo três do genêro feminino, com idade média de 3 anos. Três pacientes apresentaram lesões urticariformes, sem outros sintomas associados. Os demais pacientes apresentaram quadro prévio característico de infecção de vias aéreas superiores. Todos foram avaliados em serviço de emergência, medicados com anti-histamínicos e referenciados para avaliação por especialista em alergia e imunologia. O período de remissão da urticária variou entre 5 a 15 dias. Na investigação diagnóstica, duas crianças apresentaram sorologia IgM reativa para Parvovírus B19, três apresentaram sorologia IgM reativa para vírus de Epstein Barr (EBV), uma apresentou IgM reativa para EBV e para vírus Herpes simplex I e II e uma apresentou IgM reativa para Herpes simplex I e II. CONCLUSÃO: A urticária aguda é uma doença comum na infância, sendo a história clínica e o exame físico detalhados essenciais para o seu diagnóstico etiológico. O pediatra deve estar atento aos principais fatores desencadeantes, entre eles, as infecções virais.

Diagnóstico laboratorial da tuberculose na infância

Laboratorial diagnosis of Childhood tuberculosis

Diagnóstico laboratorial de la tuberculosis en niños

Maria de Fátima B. Pombo March; Rafaela Baroni Aurílio

Resid Pediatr. 2017;7(Supl.1):27-31 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2017.v7s1-07

Resumo PDF English PDF Português PDF Español
Em 1993, a tuberculose (TB) passou a ser reconhecida, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma emergência global e, em 2014, a estimativa foi de 1 milhão de casos de tuberculose na faixa etária pediátrica, e nas Américas, cerca de 10.000 casos. O diagnóstico na faixa etária pediátrica no Brasil ainda se baseia no sistema de pontuação do Ministério da Saúde (sobretudo entre os menores de 10 anos), entretanto, novos métodos laboratoriais, bacteriológicos e imunológicos têm sido propostos na tentativa de contribuir para o diagnóstico da TB. O Xpert MTB- Rif system (TRM-TB) é um método rápido que busca comprovação bacteriológica. Baseado no PCR em tempo real é capaz de detectar fragmentos de M. tuberculosis (em secreções respiratórias, gânglios e líquor) e de identificar resistência à rifampicina (RMP). Na faixa etária pediátrica, a sua utilização como método diagnóstico rotineiro ainda é controverso, pela sua baixa sensibilidade. Os principais métodos imunológicos cujo objetivo é determinar se há ou não infecção pelo M. tuberculosis são: a prova tuberculínica e o Interferon Gamma Release Assay (ensaio de detecção de interferon gama) ou IGRA. O resultado negativo destes testes não exclui a TB doença nem seu resultado positivo a confirma. O presente artigo apresenta revisão sobre o papel dos testes Xpert, prova tuberculínica e IGRAs na infância.

Utilização de biomarcadores na tuberculose pediátrica

Use of biomarkers in pediatric tuberculosis

Utilización de biomarcadores en tuberculosis pediátrica

Christiane Mello Schmidt; Adriano Queiroz; Claudete Aparecida Araújo Cardoso

Resid Pediatr. 2017;7(Supl.1):32-37 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2017.v7s1-08

Resumo PDF English PDF Português PDF Español
No presente artigo são revisados o conceito de biomarcadores e biosignature e o seu potencial uso na tuberculose pediátrica, com aplicação no desenvolvimento de novas vacinas e de novos métodos laboratoriais que permitam o diagnóstico mais preciso e a avaliação da resposta ao tratamento. Enfatizam-se, também, os métodos que incluem a dosagem de anticorpos, citocinas, transcriptomas, proteomas e metabolomas.

Esquemas de tratamento da tuberculose na infância e eventos adversos relacionados

Treatment regimens for tuberculosis in children and related adverse effects

Esquemas de tratamiento de la tuberculosis en la infancia y eventos adversos relacionados

Emanuela da Rocha Carvalho; Andrea Maciel de Oliveira Rossoni; Tony Tannous Tahan; Marssoni Deconto Rossoni; Cristina de Oliveira Rodrigues

Resid Pediatr. 2018;8(1):20-26 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2018.v8n1-03

Resumo PDF English PDF Português PDF Español
A terapêutica inicial da tuberculose em crianças, recomendada pela OMS, é comparável aos regimes dos adultos, com terapia por seis meses com uso de múltiplas drogas em tratamento diretamente observado. A instituição rápida do tratamento em crianças com menor idade é imprescindível, devida à possibilidade de disseminação rápida da doença, sequelas graves e óbito. As crianças e adolescentes de um modo geral, toleram muito bem a utilização de fármacos antituberculose. Este artigo se propõe a revisar os principais esquemas terapêuticos, posologias e eventos adversos associados às drogas que compõem os esquemas de tratamento de primeira linha para tuberculose na infância, além de apresentar recomendações práticas para seguimento de crianças e adolescentes em tratamento. Foram revisadas as diretrizes atuais da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil, como também, artigos referentes aos esquemas terapêuticos utilizados e seus principais eventos adversos. A literatura revisada descreve que, nas dosagens recomendadas, os fármacos antituberculose são bem toleradas na população pediátrica, os eventos adversos graves são raros e a maioria transitórios. A frequência de efeitos tóxicos pode estar relacionada à gravidade da doença tuberculosa. A isoniazida é o fármaco mais extensivamente estudado e utilizado nas crianças, por ser também utilizada no tratamento da tuberculose latente. A hepatotoxicidade é o principal evento adverso descrito. Na sua grande maioria, quando o tratamento é instituído de forma adequada, transcorre sem eventos adversos importantes que necessitem suspender à terapêutica. É necessário alto índice de suspeição para realizar o diagnóstico e consequentemente o tratamento adequado visando contribuir para alterar, em longo prazo, o curso da doença na idade pediátrica.

Organização e higiene do sono na infância e adolescência

Sleep Organisation and Hygiene in Childhood and Adolescence

Organização e higiene do sono na infância e adolescência

Camila dos Santos El Halal; Magda Lahorgue Nunes

Resid Pediatr. 2018;8(Supl.1):45-48 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2018.v8s1-08

Resumo PDF English PDF Português
OBJETIVO: O objetivo deste artigo é descrever o desenvolvimento normal do sono da infância à adolescência e particularizar as medidas de organização e higiene de sono que podem ser orientadas pelo médico pediatra na presença de problemas de início e manutenção do sono nessas faixas etárias. MÉTODOS: Foi realizada revisão dos aspectos maturacionais fisiológicos do sono e, de maneira não sistemática, busca na base de dados Medline com termos correspondentes a sono normal, desenvolvimento do sono, higiene do sono, sono entre adolescentes, extinção, e rotinas positivas. RESULTADOS: Problemas de início e manutenção do sono são queixas comuns na faixa etária pediátrica e, na maioria das vezes, têm origem comportamental e ambiental. O conhecimento, por parte do pediatra, dos aspectos maturacionais fisiológicos do sono e sobre medidas de intervenção é essencial para o manejo correto e seleção da abordagem ideal individualizada para o paciente e sua família. CONCLUSÃO: Diversas técnicas e medidas de higiene do sono estão disponíveis e podem ser implementadas pelos pais, sob orientação e supervisão do médico pediatra.

Válvula de Eustáquio mimetizando trombose atrial em paciente com doença falciforme: Relato de caso

Eustachian valve mimicking atrial thrombosis in a patient with sickle cell disease: A case report

Válvula de Eustáquio mimetizando trombose atrial em paciente com doença falciforme: Relato de caso

Sabrine Teixeira Ferraz Grunewald; Mariana Celestino Silva; Bryan da Silva Marques Cajado

Resid Pediatr. 2019;9(2):170-172 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2019.v9n2-17

Resumo PDF English PDF Português
A ocorrência de trombos no coração direito é um evento incomum, ocorrendo principalmente em condições relacionadas à trombofilia, como doença falciforme, lesões estruturais do coração ou arritmias. Descrevemos um caso em que uma válvula de Eustáquio observada ao ecocardiograma transtorácico foi confundida com um trombo atrial, em um paciente com risco trombogênico aumentado. Esse achado não apresenta importância clínica, mas pode erroneamente ser interpretado como patológico, devendo ser diferenciado de trombos e outras massas de átrio direito.

Pneumonias comunitárias não complicadas em crianças imunocompetentes

Uncomplicated community-acquired pneumonia in immunocompetent children

Pneumonias comunitárias não complicadas em crianças imunocompetentes

Stephanie Schafer; Valentina Chakr; Gabriela Petitot

Resid Pediatr. 2019;9(3):265-269 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2019.v9n3-12

Resumo PDF English PDF Português
A pneumonia é uma das principais causas de mortalidade em crianças fora do período neonatal. Sua prevalência tem diminuído nos últimos anos principalmente devido à implementação de vacinas contra S. pneumoniae e H. influenzae tipo b. Os principais patógenos causadores variam conforme a faixa etária, sendo o pneumococo um agente prevalente em crianças a partir dos 2 meses de idade. Não há sintomas específicos e sinais radiológicos patognomônicos de pneumonia. Quadros iniciais podem apresentar radiografia de tórax normal e a presença de alterações não diferencia causas bacterianas de virais. Exames de imagem devem ser realizados em pacientes hospitalizados, sendo dispensáveis para pacientes atendidos ambulatorialmente. Outros exames de imagem têm surgido como opção para auxílio diagnóstico, como ecografia torácica e ressonância magnética pulmonar. Assim como os exames de imagem, os exames laboratoriais devem se restringir ao ambiente hospitalar e seu resultado deve ser interpretado dentro do contexto clínico e de demais exames complementares. O isolamento do agente etiológico é útil no manejo terapêutico, para garantir o uso correto de antibioticoterapia, reduzindo as taxas de resistência bacteriana. Entretanto, a sensibilidade destes exames continua baixa, sendo necessário iniciar tratamento conforme o germe mais prevalente para a faixa etária e conforme o estado vacinal do paciente. Os principais antimicrobianos utilizados em ambiente hospitalar e ambulatorial são penicilina e amoxicilina, respectivamente. Em caso de suspeita de pneumonia atípica, deve-se fazer uso de macrolídeos.

Miosite aguda benigna da infância: Resultados de um estudo prospectivo realizado em um pronto-atendimento pediátrico

Acute benign myositis of childhood: Results of a prospective study performed in a pediatric emergency department

Miosite aguda benigna da infância: Resultados de um estudo prospectivo realizado em um pronto-atendimento pediátrico

Vanuza Maria Rosa; Gabriela de Sio Puetter Kuzma; Luana Alves Miranda Hornung; Márcia Bandeira

Resid Pediatr. 2020;10(3):1-5 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n3-90

Resumo PDF English PDF Português
OBJETIVO: A miosite benigna da infância é caracterizada pelo acometimento musculoesquelético agudo após um quadro de infecção viral, levando a limitações transitórias da deambulação. O objetivo do nosso trabalho é avaliar o perfil clínico-laboratorial de pacientes atendidos em pronto atendimento pediátrico. MÉTODOS: Estudo prospectivo em pacientes com sinais clínicos e laboratoriais de miosite viral no período de agosto de 2017 a agosto de 2018. RESULTADOS: Foram analisados 20 pacientes no período de 12 meses. A média de idade foi 8,25 anos. Destes, 83% apresentaram sintomas infecciosos na semana anterior ao quadro álgico. Ao diagnóstico, os sintomas foram dor nas panturrilhas, limitação na deambulação, anormalidade da marcha, mialgia difusa e fraqueza em panturrilhas. A alteração laboratorial mais significativa foi a elevação da CPK (média 3359,556U/L), seguida de TGO (média 131U/L) e TGP (média 64,66U/L). O tempo médio de resolução dos sintomas clínicos foi de 3 dias e em 7 dias todos os exames estavam normais. CONCLUSÃO: Apesar de não se conhecer a real incidência da doença, o quadro doloroso e de limitação de deambulação gera preocupação para a família e médicos assistentes. Ressaltamos a importância do conhecimento desta condição para evitar-se exames desnecessários e para que condições mais graves não tenham seu diagnóstico atrasado.

Síndrome de Pfeiffer tipo 2: relato de um caso

Pfeiffer syndrome type 2: a case report

Síndrome de Pfeiffer tipo 2: relato de um caso

Lais Miranda Balseiro; Ingrid Pimentel Buosi; Haroldo Teófilo de Carvalho; Mauro Hatsuo Suetugo; Luis Antônio Baraldi

Resid Pediatr. 2021;11(2):1-4 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n2-172

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OBJETIVO: Descrever um caso raro de Síndrome de Pfeiffer tipo 2 em um recém-nascido do sexo masculino. RELATO DE CASO: Recém-nascido do sexo masculino, pré-termo de 33 semanas e 2 dias, ultrassonografia seriada sugerindo no segundo trimestre presença de craniossinostose e outras anomalias como vértebras irregulares e estreitas, paquigiria e ventriculomegalia, sendo confirmada posteriormente com ressonância magnética. Não foram necessárias medicações e manobras obstétricas para o nascimento. Apgar de 4, frequência cardíaca menor que 100bpm, evolução respiratória precária, havendo necessidade de intubação orotraqueal, cateterismo venoso umbilical e sonda orogástrica. Com 2 horas de vida, apresentou bradicardia juntamente com instabilidade hemodinâmica, evoluindo para uma parada cardiorrespiratória sem sucesso na reanimação cardiopulmonar. Foi à óbito 3 horas após nascido. COMENTÁRIOS: A síndrome de Pfeiffer é rara, sendo a tipo 2 a mais letal por possuir crânio em forma de trevo. É associada a mutações genéticas em receptores de crescimento de fibroblastos FGFR1, FGFR2 e FGFR3. A fusão prematura das suturas cranianas impede o crescimento normal do crânio interferindo no formato da face e cabeça. O prognóstico está associado à gravidade das anomalias e ao diagnóstico precoce através da história gestacional e familiar, por exames físicos detalhados e de imagens (ultrassonografia tridimensional e ressonância magnética). O paciente deve possuir tratamento multidisciplinar logo ao nascimento.

Astrocitoma intramedular na infância

Intramedullary astrocytoma in childhood

Astrocitoma intramedular na infância

Caroline Paula Silva; Carolina Rodrigues Ercolano; Dayara Mussi Salomão; Thaiza Helena Labre Abdalla; Ana Paula Kuczynski

Resid Pediatr. 2021;11(2):1-4 - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n2-134

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Os tumores intramedulares são raros na infância, sendo os astrocitomas mais da metade dos casos, apresentando-se como uma doença crônica pelo comportamento indolente. O relato constitui-se de uma criança de 2 anos e 3 meses com torcicolo e déficit motor em membro superior direito, que revelou tumor intramedular extenso do tipo glioma de baixo grau. Após ressecção cirúrgica com tumor residual, houve efeitos adversos ao protocolo quimioterápico de primeira linha, carboplatina e vincristina, instituindo-se a vinblastina semanal como alternativa. Houve significativa melhora clínica, apesar do aumento radiológico da lesão.

Pneumonia adquirida na comunidade em crianças vacinadas e não vacinadas com vacina pneumocócica 10-valente internadas em hospital universitário

Community-acquired pneumonia in vaccinated and nonvaccinated children with pneumococcal 10-valent pneumococcal vaccine hospitalized in an university hospital

Pneumonia adquirida na comunidade em crianças vacinadas e não vacinadas com vacina pneumocócica 10-valente internadas em hospital universitário

Maria de Fatima Pombo Sant’Anna; Alexandre Nicolau Galvao

Resid Pediatr. 2021;11(3):1-6 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n3-196

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No Brasil, a principal causa de hospitalização em pediatria é a pneumonia adquirida na comunidade (PAC), responsável por elevada morbimortalidade em todo o mundo. O principal agente etiológico bacteriano das PAC em menores de cinco anos é o Streptococcus pneumoniae (pneumococo). A vacinação conjugada antipneumocócica 10-valente (PCV10) foi implantada no calendário vacinal brasileiro em 2010. O objetivo foi descrever o perfil clínico e evolutivo dos pacientes com PAC internados em um hospital universitário pediátrico, de acordo com a situação vacinal. Realizou-se estudo observacional e retrospectivo nas enfermarias do IPPMG/UFRJ. Foram estudados 77 pacientes internados, sendo que 7 não apresentavam dados sobre a situação vacinal: 58 (82,9%) com vacinação pneumocócica presente e 12 (17,1%) ausente. A mediana da idade foi 47 meses nos vacinados e 46,5 meses nos não vacinados; 53,2% do sexo masculino e 74% com comorbidades. Havia padrão radiológico sugestivo de PAC bacteriana em 62,3%. O desfecho foi bom em 97,4% dos pacientes, com média de internação de 9 dias. Não houve diferença quanto ao perfil clínico e à evolução entre os grupos de vacinados e não vacinados. A situação vacinal dos pacientes não interferiu no desfecho dos casos.

As crianças apresentam sinais e sintomas que compõem um quadro pós-COVID-19?

Do children present signs and symptoms consistent with a post-COVID-19 syndrome?

As crianças apresentam sinais e sintomas que compõem um quadro pós-COVID-19?

Giovanna Guilherme Barcelos; Renata Machado Pinto; Paula de Oliveira Caetano Queiroz; Adriel Felipe de Rezende; Jordanna Ferreira Lousek; Mariana Braga Teixeira

Resid Pediatr. 2022;12(3):1-7 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2022.v12n3-888

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OBJETIVOS: Realizar uma revisão sistemática acerca das manifestações clínicas da COVID longa em crianças. MÉTODOS: Partiu-se do questionamento: “Quais as manifestações clínicas em crianças com síndrome da COVID longa?”. Incluiu-se artigos acerca do quadro clínico da COVID longa na população pediátrica, sendo estudos de coorte, caso-controle, estudos transversais e relatos de caso publicados em 2020 e 2021 nas bases de dados SCOPUS, Embase, NCBI e MedRxiv. A seleção e análise dos artigos foi realizada por quatro pesquisadores de forma independente, seguindo as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviewers and Meta-analysis. RESULTADOS: Dos 6.279 artigos encontrados nas bases de dados, 8 foram incluídos nesta pesquisa. A amostragem nas publicações selecionadas variou de 1 a 2.500 participantes, e incluiu uma população cuja faixa etária variou de 3 meses a 18 anos. Os sintomas mais relatados na COVID longa foram: fadiga, sintomas do trato respiratório alto e baixo, distúrbios do sono e sintomas neurológicos. O maior tempo de duração dos sintomas observados foi de oito meses, com mínima de quatro semanas. Ainda, alguns artigos relataram a síndrome multissistêmica inflamatória pediátrica (SIM-P) na COVID longa. CONCLUSÃO: A COVID longa atinge em média 15,5% das crianças após a infecção, com duração de 4 a 32 semanas. Os principais sintomas foram fadiga e dispneia, seguidos por sintomas osteomusculares, respiratórios, neurológicos e distúrbios do sono. Ademais, não foi possível o esclarecimento de fatores de risco e desfecho desses casos nesse estudo.

Manifestações raras de apresentação de tuberculose em crianças: série de casos

Rare manifestations of tuberculosis in children: a case series

Manifestações raras de apresentação de tuberculose em crianças: série de casos

Halana Salles Amorim Tavares Sias; Yoana Palatianos de Araújo; Fernanda Pinheiro Barra; Caio Pluvier Duarte Costa; Selma Azevedo Sias; Clemax Couto Sant'anna; Christiane Mello Schmidt; Claudete Araújo Cardoso

Resid Pediatr. 2023;13(3): - Relato de Caso - DOI: 10.25060/residpediatr-2023.v13n3-598

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Tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa que impõe um desafio na prática pediátrica, uma vez que crianças podem apresentar manifestações raras, o que dificulta o seu diagnóstico. São apresentados cinco casos de manifestações pouco comuns de TB em crianças vacinadas com BCG ao nascer e sem história de contato prévio com adulto bacilífero. Ressalta-se a dificuldade e a importância da suspeição diagnóstica da TB em quadros raros da doença em crianças.

Bronquiectasias não fibrocísticas: um perfil epidemiológico em hospital pediátrico

Non-cystic fibrosis bronchiectasis: an epidemiological profile in a pediatric hospital

Bronquiectasias não fibrocísticas: um perfil epidemiológico em hospital pediátrico

Brenda Souza de Oliveira Reis; Ângelo Antônio Gonçalves de Quadros; Raisa Elena Tavares Pinheiro

Resid Pediatr. 2024;14(1):1-7 - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n1-941

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OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de bronquiectasias não associadas à fibrose cística em um hospital pediátrico e expandir os conhecimentos dessa comorbidade na população infantil. METODOLOGIA: Foram selecionadas tomografias de tórax realizadas de janeiro de 2016 até janeiro de 2020 em um serviço de atendimento pediátrico. Os laudos foram consultados, averiguando aqueles com os critérios compatíveis atualmente aceitos para o diagnóstico de bronquiectasias. Os prontuários dos selecionados passaram por um processo de revisão em busca das variáveis analisadas. Foram excluídos pacientes com diagnóstico de fibrose cística e com prontuários defasados. RESULTADOS: Dos 2.319 laudos estudados, foram identificados 42 pacientes. Dentre esses, 59,5% eram do sexo feminino, 66,7% realizaram seguimento em ambulatório de pneumopediatria e a média de idade no momento do diagnóstico por imagem foi de 9,3 anos (±4,9). No acompanhamento, 57,1% dos pacientes realizaram espirometria e 35,7% realizaram cultura de escarro. O crescimento bacteriano mais observado foi o da Pseudomonas aeruginosa (33,4%) e o padrão espirométrico mais frequente foi o restritivo (29,2%). Das etiologias presuntivas, a mais prevalente foi a pneumonia de repetição (21,4%), seguidas da bronquiolite obliterante (14,3%) e das colagenoses (14,3%). CONCLUSÃO: Os resultados encontrados neste trabalho possibilitaram uma melhor caracterização desse subgrupo de pacientes. Além disso, reforça-se a importância do diagnóstico de bronquiectasias não associadas à fibrose cística, já que a sua terapêutica requer manejo específico e individualizado.

Tuberculose pulmonar e estado nutricional: estudo seccional com crianças e adolescentes

Pulmonary tuberculosis and nutritional status: sectional study with children and adolescents

Tuberculose pulmonar e estado nutricional: estudo seccional com crianças e adolescentes

Guilherme Homem de Carvalho Zonis; Mariara Lopes da Costa Marques; Catharina Matos de Oliveira; André Maruo Palis; Pedro Silvestre de Andrade; Ana Alice Amaral Ibiapina Parente; Rafaela Baroni Aurilio; Clemax Couto Sant Anna

Resid Pediatr. 2024;14(3): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n3-968

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INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) pode levar à desnutrição, bem como esta pode predispor a TB. Este trabalho visa analisar o estado nutricional, achados clínico-radiológicos e testes realizados por crianças e adolescentes com TB pulmonar (TP). METODOLOGIA: estudo seccional, envolvendo três hospitais do Rio de Janeiro, de outubro de 2014 a outubro de 2019. Foram incluídos: crianças e adolescentes com TP. As variáveis estudadas foram: idade, sexo, febre, emagrecimento, estado nutricional, BAAR, cultura para Mycobacterium tuberculosis, teste Gene Xpert TB-RIF. Para a comparação entre crianças e adolescentes e eutróficos e desnutridos, foi utilizado o teste Qui-quadrado (significância estatística o p-valor<0,05) RESULTADOS: Quarenta e nove pacientes foram incluídos no estudo. Das crianças eutróficas, 88,9% apresentaram febre, 38,9% emagrecimento e 27,8% Xpert detectável. Das desnutridas, 100% manifestaram febre, 50% emagrecimento e 50% Xpert detectável. Nos eutróficos e desnutridos, o padrão radiológico miliar ocorreu em 5,6% e 75% (p<0,01); a cultura foi positiva em 35,3% e em 50%, respectivamente. Adolescentes eutróficos apresentaram febre em 58,8% casos e Xpert detectável em 41,2%. Dos desnutridos, havia febre em 90% e Xpert detectável em 70%. A cultura foi positiva em 31,2% eutróficos e, 70% desnutridos (p=0,05). O padrão radiológico miliar ocorreu em 17,6% eutróficos e 10% desnutridos. O emagrecimento ocorreu em 35,3% eutróficos e 100% desnutridos (p<0,01). CONCLUSÃO: Em crianças e adolescentes desnutridos, supostamente mais graves, há maior positividade do GeneXpert e da cultura, sendo o padrão miliar mais frequente em crianças desnutridas e adolescentes eutróficos.

Investigação de neutropenia em pacientes pediátricos

Investigation of neutropenia in pediatric patients

Investigação de neutropenia em pacientes pediátricos

Laís de Paiva Gabriel

Resid Pediatr. 2024;14(3): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n3-1065

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A neutropenia é comum tanto em adultos quanto em crianças. Definida como uma contagem de neutrófilos no sangue periférico <1.500 cels/µl. As causas são variáveis, sendo importante considerar as diferentes faixas etárias e os quadros clínicos associados. Suas consequências podem ser graves, podendo levar até mesmo ao óbito. Na literatura, a mortalidade por neutropenia, quando associada à febre, pode chegar até 10%. Em pacientes onco-hematológicos, essa porcentagem chega a 16%. Diante do exposto e da importância do tema para pediatras e hematologistas, optou-se pela formulação deste trabalho. O estudo será apresentado sob a forma de revisão narrativa. Terá a intenção de revisar as principais causas de neutropenia na infância, a propedêutica e a identificação de indicadores de gravidade com a proposta de aplicação de um fluxograma de investigação inicial de neutropenia em pediatria, além de orientar quando encaminhar esses pacientes para serviços especializados.

Prevalência da asma em regiões do Município do Rio de Janeiro

Asthma Prevalence in Rio de Janeiro City

Prevalência da asma em regiões do Município do Rio de Janeiro

Márcia Garcia Alves Galvão; Marilene A.R. Crispino Santos; Francisco Charles Souza Carvalho; Henrique Pazos F. Martins; Jade Cecílio B. Sampaio; Gabriel Miranda Barbosa

Resid Pediatr. 2024;14(4): - Artigo Original - DOI: 10.25060/residpediatr-2024.v14n4-1282

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INTRODUÇÃO: A asma é a doença crônica mais comum na infância. No Brasil a prevalência da asma ativa é elevada. Entretanto, sabe-se que num mesmo país essa prevalência pode variar. OBJETIVOS: Descrever na amostra a prevalência de: asma, asma ativa, asma diagnosticada por médico, tosse noturna, tosse por mais de 10 dias após infecção respiratória, manifestações respiratórias ao esforço físico. METODOLOGIA: estudo transversal, prospectivo, em uma amostra de conveniência de uma população pediátrica atendida na Clínica da Família Souza Marques, no Rio de Janeiro, utilizando-se um questionário simplificado. RESULTADOS: 34,3% (70/204) tinham asma ativa; 30,4% (62/204) já havia recebido diagnóstico de asma. Dentre os com asma ativa, 40% (28/70) nunca tinham recebido esse diagnóstico. 46% (95/204) tiveram despertar noturno nos últimos 12 meses, 30,4% (62/204) tiveram outras manifestações respiratórias ao esforço nos últimos 12 meses e 27% (55/204) tossiram mais de 10 dias ao se resfriaram nos últimos 12 meses. Dentre os com asma ativa, 85,7% (60/70) tiveram despertar noturno nos últimos 12 meses, 64,3% (45/70) tiveram outras manifestações respiratórias ao esforço nos últimos 12 meses e 54,3% (38/70) tossiram mais de 10 dias ao se resfriaram. CONCLUSÃO: a asma é altamente prevalente na população avaliada. Novas pesquisas são necessárias para aprofundar o estudo sobre a valorização dos sintomas respiratórios, a comunicação do diagnóstico aos responsáveis e para confirmarmos a necessidade de se aprimorar o reconhecimento clínico, o acesso aos testes diagnósticos quando indicado e a comunicação dos diagnósticos às famílias.